A bebida oficial do Verão inglês

24/05/2018

Escrito por | Written by Bruno



Temos tidos alguns dias bons por cá, já a cheirar a Verão. Hoje, nem por isso - o tempo está a ameaçar trovoada, que provavelmente chegará nos próximos dias e a entrar pela próxima semana adentro. No entanto, não estou muito preocupado porque na semana que vem estaremos de férias - e tudo indica que o tempo estará bem melhor por lá... O blog ficará mais parado, mas, se quiserem aproveitar os dias, deixo-vos a receita perfeita para um belo jarro de Pimm's, que é a melhor companhia para dias preguiçosos!

O Pimm's No.1 Cup é uma espécie de licor inglês - em bom rigor, um fruit cup -, feito à base de gin, misturado com ervas e frutas diversas. É doce e aromático, de cor escura, e está por todo o lado assim que o bom tempo começa a ameaçar por cá. Não se bebe puro - é antes a base para o mais próximo que os ingleses têm de uma sangria: enquanto nós usamos vinho para misturar com fruta e gasosa (e mais umas quantas coisas), por cá eles usam Pimm's. O resultado é doce, fresco e agradável - e alcoólico, claro, por isso cuidado. O sabor do pepino e da hortelã combinam perfeitamente com os aromas do licor, fazendo com que um jarro seja muitas vezes pouco, principalmente se tiverem visitas de amigos. E, ainda por cima, é muito fácil de preparar.

Pelo que consigo ver numa pesquisa rápida, as garrafas de Pimm's encontram-se à venda em Portugal (no Corte Inglés, por exemplo, mas não só). Por isso, força - se tiverem dias de bom tempo, experimentem este pedaço de tradição inglesa. Enquanto isso, nós vamos ali até Veneza e já voltamos! :-)


Lulas de churrasco

08/05/2018

Escrito por | Written by Bruno



Sabem aquela sensação de ter um brinquedo novo e não querer largá-lo enquanto não experimentamos tudo o que há para experimentar? Claro que sabem. É exactamente o que se passa comigo e com o barbecue novo que comprámos na semana em que esteve tempo quase primaveril aqui em Londres.

Como é inevitável nestas coisas, assim que comprámos o barbecue as temperaturas caíram a pique, mas eu quis lá saber - se há um brinquedo novo, há que experimentá-lo e, por isso mesmo, voltei a acender as brasas - comecei a exigir em casa que me tratem por REI DAS BRASAS, assim mesmo, em maiúsculas - e resolvi experimentar umas lulas óptimas que tinha comprado recentemente, apesar de até estar a chuviscar nesse dia.

Lembrei-me de acrescentar a mesma marinada que tinha usado nos camarões de que falei aqui - pareceu-me que os sabores do limão, do alho e dos coentros também se adequariam bem às lulas. Não estava enganado - aliás, acho que esta se arrisca a transformar-se na minha marinada-padrão para churrasco, visto que não consigo pensar em muitas coisas que não fiquem a ganhar com esta mistura de sabores. Quanto às lulas, estavam uma delícia. Servimo-las com uma salada de alface, rúcula, batata cozida, rabanetes e pepino, que combinou muito bem. E entretanto as temperaturas voltaram a subir - voltando assim o REI DAS BRASAS ao seu fantástico habitat natural!


Arroz pilaf de borrego com alperces e pinhões

04/05/2018

Escrito por | Written by Bruno



A comida do Médio Oriente interessa-me bastante. Não é uma cozinha que eu conheça a fundo, mas tem ingredientes e sabores aos quais não resisto. Lembrei-me dela e apeteceu-me cozinhar algo que, ainda que não fosse original da região, pudesse pelo menos ter influências - nos ingredientes, nas especiarias.

Pesquisei um pouco e fui dar com uma receita (no site da Good Food) que me pareceu um bom ponto de partida - um arroz pilaf de borrego, feito numa única panela. Parti daí e mudei ingredientes, acrescentando umas coisas e trocando outras. O arroz pilaf (ou pilau) é um arroz geralmente salteado em óleo, azeite ou outra gordura, ao qual depois é acrescentado um caldo, especiarias e os restantes ingredientes - neste caso, há uma série de sabores tradicionais do Médio Oriente (a canela, o cravinho, o cardamomo, o próprio borrego...). Nem todos pertencem às tradições dos mesmos países e nem todos são necessariamente usados desta forma, mas não estava à procura de autenticidade, e sim de sabor, de algo que trouxesse um pouco da região para um prato simples de fazer e que nos enchesse as medidas. E resultou.