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Satay singapurense | Singaporean satay

22/01/2018

Escrito por | Written by Bruno



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Há três anos, tive a oportunidade de visitar Singapura por duas vezes, em trabalho. Na última noite da primeira visita, segui a recomendação de um amigo e fui experimentar o Satay da zona do Mercado Velho (Lau Pa Sat). É uma experiência única - o mercado fica num edifício histórico, com mais de 100 anos, em pleno centro financeiro da cidade-Estado. Por dentro é uma área de refeições, com várias bancas de tipos diversos de comida - mas é por fora que vale a pena conhecê-lo. À noite, uma das estradas que circunda o mercado é fechada ao trânsito. Montam-se mesas e cadeiras ao longo da estrada e instalam-se as bancas de Satay. São várias bancas, todas elas com grelhadores a carvão, a preparar este prato típico asiático. Basta encontrarmos uma mesa, sentarmo-nos, fazer o pedido, de preferência com uma cerveja fresca a acompanhar, e deliciarmo-nos. Infelizmente, aquela era a minha última noite e não pude repetir - mas quando voltei a viajar pela segunda vez, fiz questão de lá voltar. E não me arrependi.

O Satay é um prato típico do sudeste asiático, provavelmente de origem indonésia, mas com variantes em vários países. Em cada um a receita é diferente, mas consiste geralmente em espetadas (que podem ser de vários tipos de carne, peixe, marisco ou até tofu), acompanhadas por um molho, quase sempre à base de amendoim - aliás, este molho foi ganhando o nome do prato, e é comum chamar-lhe simplesmente molho de Satay. A variante de Singapura é deliciosa, até pela sua aparente simplicidade. São espetadas pequenas, de frango, vaca, borrego ou camarão, acompanhadas do molho de amendoim e de uma salada simples, apenas de cebola-roxa e pepino cortados em pedaços, sem tempero. Só isto - e não é preciso mais nada, a não ser a cerveja, que as noites ali são incrivelmente quentes e húmidas.

No entanto, apesar desta simplicidade, os sabores são intensos e, para os conseguir, é preciso encontrar os ingredientes certos e ter algum tempo para deixar a carne marinar. Idealmente, também dá jeito ter um grelhador a carvão mas, à falta de melhor, uma frigideira grill também serve (foi o que usei). A receita foi adaptada de um livro que trouxe de lá - “The Little Singapore Cookbook”, de Wendy Hutton -, que tem uma óptima colecção de receitas locais. A cozinha de Singapura é uma mistura muito interessante das tradições malaias, chinesas e indianas, dando origem a variações e misturas de técnicas e sabores que só a enriquecem - e este Satay é uma perfeita porta de entrada.

Almôndegas de borrego com grão e tomate | Lamb meatballs with tomato and chickpeas

20/09/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Bem sei que a carne de borrego não é consensual - há muita gente que não gosta ou já teve más experiências com carne mal preparada. Cá em casa gostamos bastante e usamos muitas vezes no dia-a-dia. Para além disso, é uma carne muito popular e fácil de encontrar em Inglaterra - aliás, no geral há muito boa carne ou não fosse este um país cheio de campo e pastagens. O problema aqui é com o peixe, mas isso é um tema para outro dia.

Estas almôndegas não são difíceis de preparar e ficam óptimas, com um molho espesso e muito aromático, que combina perfeitamente com o cuscuz. Se não encontrarem almôndegas de borrego, podem comprar carne de borrego picada e moldar as vossas próprias almôndegas. Para quem não apreciar borrego, não tenham receio de substituir por almôndegas de carne de vaca, mantendo o resto da receita como está.