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Focaccia com alecrim | Rosemary focaccia

12/08/2019

Escrito por | Written by Bruno



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Já em contagem decrescente para as férias (mais 2 dias!!), ainda há tempo para publicar uma das receitas que já tinha em lista de espera há algum tempo. Queria fazer focaccia para um jantar italiano com amigos, por isso pus-me à procura de receitas e a fazer o habitual - pesquisar, comparar, adaptar, até ter a minha versão, que me pareça resultar bem.

Foi uma bela ideia. Fazer pão é algo assustador para muita gente, mas a focaccia é simples de fazer e sai fofa e saborosa, como deve ser. Ideal como entrada ou para acompanhar outros pratos - no nosso caso, servimo-la de início, para comer só assim ou para acompanhar uma caponata siciliana (que há-de cá vir parar ao blog também, um destes dias).

Salada de pêssego, framboesa e mistura de cinco especiarias

31/10/2018

Escrito por | Written by Bruno



Yotam Ottolenghi tem um livro novo que promete nada menos que simplicidade - o livro chama-se “Simple” e a ideia é apresentar receitas que sejam simples, nas várias acepções que a palavra pode ter na cozinha - receitas com poucos ingredientes, ou talvez receitas rápidas, ou talvez aquelas em que basta pôr tudo numa panela ou numa assadeira, deixar a cozinhar e não termos mais de nos preocupar com nada.

O livro tem seis categorias diferentes de simplicidade e cada receita é classificada com uma ou mais delas. Sendo assim é fácil encontrar ideias para quando temos pouco tempo, ou quando queremos preparar algo com antecedência. Ainda assim, há muita variedade no livro - e nenhuns compromissos no sabor. Já tenho várias receitas apontadas para começar a experimentar, mas a primeira foi… uma salada.

Não é uma salada qualquer - é fresca e saborosa, com as frutas a casar muito bem com o agrião e as especiarias. E é bonita, com o amarelo do pêssego, o vermelho das framboesas e o roxo do radicchio a saltarem à vista por entre o verde do agrião! No livro, Ottolenghi sugere que é um acompanhamento que resulta muito bem numa refeição de churrasco ou com uma barriga de porco assada no forno - e foi precisamente daí que tive a ideia de fazer uma barriga de porco com a mesma mistura de especiarias, que publicarei aqui nos próximos dias (Nota - já está publicada aqui!). Não me arrependi - a salada foi uma óptima escolha!

Uma nota rápida sobre os ingredientes - a mistura de cinco especiarias é muito usada na cozinha chinesa e inclui geralmente anis-estrelado, cravinho, canela, pimenta de Sichuan e sementes de funcho (embora haja outras variações). Deverá ser fácil de encontrar em lojas orientais, embora possam preparar as vossas próprias misturas em casa, se se quiserem aventurar. O radicchio é uma espécie de chicória roxa, muito comum em Itália (que lhe dá o nome) - podem substituir por outros tipos de chicória, se preferirem. Finalmente, caso não consigam encontrar o maple syrup com facilidade, substituam por um fio de mel.

O Verão numa salada

07/08/2018

Escrito por | Written by Bruno



A vaga de calor que tem afectado toda a Europa nos últimos dois meses tem feito deste o Verão britânico mais prolongado desde há muito tempo. É tão fora do normal ter tantas semanas de bom tempo que toda a gente tenta aproveitar ao máximo - os barbecues têm mais uso que o normal, convidam-se amigos, come-se no quintal - ou em casa com janelas bem abertas.

É altura de comidas frescas, de encher uma mesa com várias coisas e deixar cada um servir-se do que lhe apetecer, com vinho branco fresco, cerveja ou um jarro de Pimm's a acompanhar. E esta salada é uma bela opção - está todo o Verão aqui dentro. É fresca, é colorida, tem a acidez doce da lima e o perfume dos cominhos, a suavidade do abacate e o estaladiço da cebola, tudo junto num acompanhamento que vai bem com tudo. A sério!

İmam Bayıldı

06/02/2018

Escrito por | Written by Bruno



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Ainda hoje, quase 30 anos passados, nos referimos em família àquelas férias como “A Viagem”, assim mesmo, em maiúsculas. Foi uma verdadeira aventura - cerca de 40 dias a conduzir pela Europa fora, uma Europa muito maior e mais fechada em 1991 do que é hoje. O ponto mais longe a que chegamos foi Istambul, uma mistura entre Europa e Ásia, entre oriente e ocidente, que nos marcou de diversas formas.

Uma delas, que ainda hoje traz recordações, foi a comida. Quando estamos em família e nos lembramos d’A Viagem, é comum alguém recordar-se de uma refeição que fizemos em que não fazíamos ideia do que estávamos a comer (não é fácil perceber turco e não havia Google Translate para ajudar…) mas sabíamos duas coisas: não havia carne e era delicioso. Lembro-me de beringelas e sei que adorei. Não faço ideia se era este İmam Bayıldı ou outro prato qualquer, mas ficou-me sempre a ideia da cozinha turca ser diferente e muito interessante.

Foi também por isso que me apeteceu experimentar esta receita. Gosto de beringelas, mas não as uso muitas vezes - e um prato cujo nome significa “O Imã Desmaiou” pareceu-me ser uma boa oportunidade de voltar a cozinhá-las. Há duas versões sobre o nome do prato - uma diz que um imã turco gostou tanto deste prato que desmaiou ao prová-lo. A outra diz que o imã desmaiou ao aperceber-se da quantidade - e do custo proibitivo - de azeite que a sua mulher usava para cozinhar este prato todos os dias…

Investiguei várias receitas, mas acabei por seguir esta, do Yotam Ottolenghi que, não sendo turco, conhece a fundo este tipo de cozinha. É uma receita simples, mas só com coisas boas - beringela, tomate, pimentos, algumas especiarias, tudo cozinhado em bastante azeite. Simples, diferente - e capaz de fazer imãs desmaiar!

Bolo de chocolate e azeite | Chocolate and olive oil cake

22/11/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Desde que vi esta receita no Smitten Kitchen, o incontornável blog da Deb Perelman (a sério, sigam-na se ainda não o fazem) que fiquei mortinho por experimentar. Para já porque o bolo tinha um aspecto delicioso, mas também pelos ingredientes, que eram fora do normal, pelo menos para mim. Um bolo sem manteiga, sem ovos, com azeite - e uma colher de vinagre!

Os dias iam passando, e a receita enchia-se de comentários de pessoas que tinham experimentado o bolo - e adorado. E a minha vontade de tentar também crescia com eles. Acabei finalmente por fazê-lo, seguindo fielmente a receita, com a única excepção da decoração - A Deb Perelman usa apenas a cobertura, mas achei que ficava bem juntar alguma fruta e não me arrependi! Gosto muito do toque fresco e sumarento das framboesas em conjunto com o chocolate. Aliás, usei as framboesas da segunda vez - o bolo é tão bom que já o fiz duas vezes (e da primeira vez usei mirtilos, que também ficaram óptimos).

Guacamole com pistácios | Guacamole with pistachios

02/10/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Adoro guacamole. Tragam-me uma taça para a mesa e umas quantas tortilhas fritas e está o vício instalado. Ainda por cima, não é difícil de preparar em casa. Há inúmeras receitas - perguntem a 10 mexicanos e obterão 10 variações ligeiramente diferentes. A base, no entanto, é sempre a mesma - abacate, sumo de lima, sal... e cebola, e talvez uma malagueta, e já agora uns coentros... Curiosamente, e ao contrário do que tantas vezes se vê por aí, não é suposto levar tomate. O tomate picado vem do pico de gallo, um outro molho mexicano que leva tomate, cebola, coentros, malaguetas, sal e sumo de lima - conseguem ver a semelhança, certo? Em vez de estar a preparar dois molhos diferentes e a misturá-los, muita gente resolve cortar a direito e misturar o tomate directamente no guacamole. Mas não digam aos vossos amigos mexicanos, que talvez não achem muita graça...

Dito tudo isto, esta receita também não é genuína. Ou melhor, até é, relativamente (foi adaptada do site mexicano do Chef Oropeza), mas tem o acrescento dos pistácios, que lhe dão uma textura e um sabor ligeiramente diferentes. Por vezes é difícil encontrar pistácios sem sal - se não encontrarem, façam a receita sem eles (os pistácios salgados têm demasiado sal e não resultariam bem aqui).

Batatas assadas | Roast potatoes

27/09/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Hoje temos um acompanhamento. E sim, sei que são "só" batatas no forno, mas são umas batatas que ficam bastante estaladiças por fora e incrivelmente suaves por dentro. Fiz estas batatas para acompanhar uma peça de carne que tínhamos a assar e não me lembro de ver batatas desaparecer tão depressa!

Uma nota quanto à gordura - o azeite é uma alternativa óptima (e, claro, mantém a receita como opção válida para vegetarianos). No entanto, para quem preferir, vale a pena tentarem encontrar a gordura de pato ou ganso para a assadura - o sabor fica irresistível. Aqui em Inglaterra é fácil encontrar esta gordura à venda em supermercados; em Portugal, encontra-se no Corte Inglés, mas não sei quão fácil é noutros locais.

A receita original é da BBC Good Food.

Caril de lentilhas, coco e cenoura | Coconut, carrot and lentil curry

25/09/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Encontrei esta receita no Pretty.Simple.Sweet. e fiquei imediatamente interessado. Adoro lentilhas, ainda mais em caril, e ao ler a receita já estava a imaginar o sabor que deveria ter.

Não me enganei - este caril é óptimo. Simples de fazer, com muito sabor e uma óptima alternativa para qualquer refeição. E é versátil - as cenouras podem facilmente ser substituídas por abóbora ou batata-doce e é fácil misturar quaisquer outros ingredientes que tenham em casa e queiram aproveitar. Se quiserem uma versão completamente vegetariana, retirem simplesmente a manteiga.

Para acompanhar, servi o caril acompanhado de arroz de coco e a combinação foi perfeita.

Limonada com framboesas | Lemonade with raspberries

13/09/2017

Escrito por | Written by Bruno



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O calor já praticamente se foi aqui em Londres, e já começa a cheirar a Outono. Ainda assim, de vez em quando há dias em que a temperatura sobe, e apetece qualquer coisa para refrescar - e lembrar os dias mais quentes de Verão.

A limonada é a bebida ideal - simples de fazer, refrescante, saudável. Em Inglaterra é mais comum fazê-la com água com gás, mas eu prefiro assim, à nossa maneira, só limão, água e açúcar, sempre nas mesmas proporções - 2 limões e 100 gramas de açúcar para 1 litro de água. As framboesas... bem, são só para lhe dar um toque diferente. Uma limonada cor-de-rosa fica quase exótica. Não há grande diferença no sabor (4 framboesas não chegam para alterar grande coisa), mas o colorido só por si já vale a pena.

Uma variante que também resulta muito bem é usar duas limas em vez de um dos limões, deixando a limonada mais aromática.

Legumes assados no forno | Oven roasted vegetables

11/08/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Coisas simples - tantas vezes as que resultam melhor. Este é um daqueles acompanhamentos que se faz num instantinho, que dá para aproveitar o que houver em casa, e que combina bem com quase tudo. Basta cortar os legumes, temperar e levar ao forno.

Simples e saudável!

Sorvete de manjericão com morangos em calda de limão | Basil sorbet with strawberries in lemon syrup

02/08/2017

Escrito por | Written by Bruno



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A ideia de um sorvete de manjericão pode parecer bizarra para quem nunca o provou, mas este é provavelmente o mais fresco sorvete que sei fazer. O manjericão e a lima resultam na perfeição, e combinam perfeitamente com os morangos.

Publiquei esta receita inicialmente no Cozinha Com Tomates, já lá vão oito anos, e ainda a faço exactamente da mesma maneira. Na altura, adaptei a receita do sorvete desta receita do La Tartine Gourmande, e os morangos estão no "The Perfect Scoop", o livro do David Lebovitz que é a minha bíblia de gelados.

Sempre que faço esta receita lembro-me que o David Lebovitz tem no livro um gelado de salsa. Quando passo por essa página acho sempre que nunca experimentarei fazê-lo porque... enfim... gelado de salsa? Mas a verdade é que se o gelado de manjericão é assim tão bom, se calhar devia mesmo tentar o de salsa. Um destes dias. Talvez.

Pimentos de Padrón | Padrón peppers

27/07/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Uma das inevitáveis alegrias quando se mora noutro país é a surpresa ocasional de encontrar ingredientes que nos levam para mais perto das nossas memórias de casa. E por vezes não têm de ser exactamente memórias do nosso país, basta que sejam de suficientemente perto.

Aqui em Londres, costumamos fazer encomendas a uma empresa que entrega caixas de produtos sazonais orgânicos. A qualidade é óptima e a variedade é muita, o que nos permite ir experimentando receitas novas. Mas desta vez havia um produto familiar na lista a que não podíamos resistir - pimentos de Padrón. Há já algum tempo que não os provava - e há demasiado tempo que não visito a Galiza, que adoro. Era a desculpa ideal para preparar um prato.

Adoro a simplicidade desta receita - são só pimentos, um pouco de azeite e um pouco de sal. Mas o sabor é tudo. O sabor e a maldade dos pimentos, que são traiçoeiros - a tal história de que unos pican y otros no. Atirarmo-nos a um prato nunca sabendo o que nos vai calhar é muito mais do que simplesmente comer pimentos fritos, mas antes uma espécie de Roleta Galega, da qual volta e meia saímos ligeiramente queimados, mas sempre satisfeitos.

Sorvete de meloa e framboesa | Cantaloupe melon and raspberry sorbet

23/07/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Com o Verão, apetecem gelados. Nem é preciso estar demasiado calor - o tempo que faz lá fora é irrelevante, desde que haja gelados. E sorvetes, e granitas, e todas as variantes que se queiram experimentar.

Aliás, na verdade, gelados são bons durante todo o ano. Uma máquina de gelados é um acessório essencial. A primeira que tivemos era de família, já com alguns anos, e usámo-la intensivamente até avariar. Comprámos uma segunda, que nos deu alguns problemas e acabou por durar menos. E agora, há umas semanas, quando aquelas duas ou três semanas de Verão inglês ameaçaram aparecer, resolvemos comprar a terceira. Já tinha saudades de preparar rapidamente uma mistura de frutas, natas e açúcar (ou só frutas e açúcar para um sorvete), meter tudo na máquina, preparar o jantar, levar à mesa, jantar calmamente, voltar à cozinha no fim do jantar, desligar a máquina e ter um gelado no ponto certo para comer como deve ser, cremoso e com um sabor que deixa a milhas os de supermercado.

Hoje tinha aqui uma meloa com bom ar e pareceu-me boa ideia. Juntei-lhe framboesas, que combinaram bem, e um pouco de limão. Ainda pensei em misturar qualquer coisa menos óbvia (pimenta preta era uma opção), mas deixei-me disso - desta vez a ideia era mesmo ser uma coisa simples, para a fruta brilhar. E resultou muito bem.

Húmus | Hummus

21/07/2017

Escrito por | Written by Bruno



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Quando comecei a preparar este blog, resolvi espreitar a lista de links que tínhamos no Cozinha Com Tomates e ver como estavam os blogs que costumava seguir (alguns continuo a acompanhar regularmente, mas já não espreitava outros há bastante tempo). Foi uma pena ver que muitos deles acabaram por parar, com as últimas publicações datadas já de há alguns anos. Enfim, não é que me surpreenda, visto que foi exactamente o que se passou com o Cozinha Com Tomates, mas é uma pena - embora suponha que haja muitos outros blogs novos que entretanto surgiram e continuam agora em força.

No entanto, uma das presenças mais regulares e interessantes nos blogs de culinária continua ainda hoje em grande força - o blog de David Lebovitz, antigo chef pasteleiro americano residente em Paris e autor de vários livros. É dele a minha "bíblia dos gelados", o essencial "The Perfect Scoop", que muito provavelmente acabarei por trazer aqui uma vez ou outra. É dele também "My Paris Kitchen - Recipes And Stories", um livro de receitas que é também um apanhado das experiências de Lebovitz enquanto habitante de uma cidade em tudo diferente daquilo a que ele estava habituado na Califórnia, um tema que me tem sido de certa maneira familiar nos últimos anos.

Talvez por isso goste tanto do livro. Por isso e, sem dúvida, pelas receitas. Há mais uma ou outra que inevitavelmente colocarei aqui, mas para já fica este belíssimo húmus, na receita que sigo sempre. Adoro esta pasta de grão e sésamo - esta versão em particular, quando acabada de fazer, tem um sabor óptimo e fresco. Fica ainda melhor seguindo a sugestão do livro de espalhar generosamente grão, pevides, colorau e azeite por cima do húmus.

Uma nota rápida sobre o tahini, que é provavelmente o ingrediente menos comum - tahini é uma pasta feita à base de sementes de sésamo, usada principalmente na cozinha do Médio Oriente. Encontra-se à venda em supermercados, por vezes simplesmente como "Pasta de Sésamo".