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Negroni
03/11/2017
Escrito por | Written by Bruno
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13/10/2017
Escrito por | Written by Bruno
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É hora de falar do Martini. É possível que esta frase vos traga à cabeça recordações de pedirem um Martini num bar e o barman perguntar "bianco ou rosso?", mas não me refiro a isso. Esse Martini é uma marca italiana de vermute. Bastante popular, sim, mas apenas um vermute (um vinho aromatizado e fortificado) e não um cocktail - e é deste último que vamos falar. Um cocktail. Aliás - O cocktail.
O Martini é provavelmente o mais clássico dos cocktails clássicos. Há inúmeros livros só sobre o Martini e as suas variações. Há estudos científicos sobre a sua preparação (a eterna discussão sobre se o coktail deve ser agitado ou mexido - o shaken, not stirred que os filmes do James Bond tornaram famoso - e eu estou firmemente no campo do mexido; agitar quebra muito mais o gelo, dilui mais a bebida e torna-a mais turva, tudo coisas que não são desejáveis num Martini, diga Bond o que disser).
Mas afinal, o que é o Martini? É a perfeição num copo - gin e vermute branco. Nada mais, nada menos. A complicação vem nas proporções, que foram mudando ao longo dos anos. Desde a proporção de 2 partes de gin para 1 de vermute publicada em 1922 até à preferência do actor e dramaturgo inglês Noël Coward, que defendia que o Martini perfeito era um copo cheio de gin agitado mais ou menos na direcção de Itália, vai todo um mundo. Aliás, parte do gozo deste cocktail está precisamente na necessidade de experimentar vários até acertarmos com as proporções preferidas.
No meu caso pessoal, o equilíbrio perfeito entre o gin e o vermute é este: 50ml de gin, 15 de vermute branco. A acompanhar, um twist de casca de limão ou uma azeitona verde (prefiro o limão). E está feito!
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12/08/2017
Escrito por | Written by Bruno
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Ao longo do tempo vamos encontrando livros que se tornam indispensáveis na cozinha, cada um com uma função diferente. Já aqui falei algumas vezes do The Perfect Scoop do David Lebovitz, a minha bíblia para gelados e sorvetes. Mas há tantos outros... Os absolutamente incontornáveis Cozinha Tradicional Portuguesa, de Maria de Lourdes Modesto ou O Livro de Pantagruel, de Bertha Rosa-Limpo, Jorge Brum do Canto e Maria Manuela Limpo Caetano, para quase tudo o que é português (e não só, no caso do Pantagruel). O Macarons, de Pierre Hermé. E, para cocktails, o completíssimo The Spirits, de Richard Godwin. Este último é uma colecção enorme de bebidas, escrito com um humor perfeito e com bastantes ajudas para quem está a começar.
Logo no primeiro capítulo, Godwin apresenta os "clássicos" - os 25 primeiros cocktails que toda a gente devia começar por experimentar (com o Martini à cabeça, claro, que há-de passar por aqui também). Em oitavo na lista, está este Clover Club, que é um favorito cá em casa - a combinação de gin, vermute, limão e framboesa é perfeita para um fim de dia (ou um começo de jantar com amigos) refrescante.
Algumas notas para iniciados: o vermute francês, ou seco, não é mais do que o vermute branco - em Portugal o mais conhecido será porventura o Martini Bianco (o Martini Rosso é vermute italiano, ou tinto - ou doce), mas há outros, como o Noilly Prat (o que eu normalmente uso). A calda de açúcar faz-se simplesmente levando 2 partes de açúcar amarelo para 1 de água ao lume (as quantidades exactas dependem da quantidade de cocktails que quiserem fazer), mexendo até o açúcar estar dissolvido - nessa altura retira-se do lume e deixa-se arrefecer.
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04/08/2017
Escrito por | Written by Bruno
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Há mais em comum entre cocktails e culinária do que parece à primeira vista. Há o lado óbvio de o cocktail poder acompanhar a comida, tornando interessante tentar procurar a combinação perfeita entre o que se bebe e o que se come. Mas, para além disso, há o lado de poder experimentar com diferentes ingredientes - não só bebidas, mas também caldas, fruta, ervas, e tudo aquilo de que a imaginação se lembrar.
Há cerca de dois anos que comecei a interessar-me por cocktails e a tentar fazer os meus em casa. É um processo criativo, interessante, relativamente barato (há um investimento inicial em algumas garrafas, mas a quantidade de álcool por cocktail é pequena, por isso o custo por copo é muito mais barato do que os preços que são cobrados em bares), e, enfim, fica-se com coisas boas para beber.
O Gago Coutinho é uma alteração minha de um clássico, o Aviation. O original leva gin, sumo de limão, licor Maraschino (feito à base de cerejas Marasca) e Crème de Violette. Como ainda não cheguei a esse extremo de dedicação, não me preocupei sequer em procurar este último ingrediente. Para além disso, em vez de Maraschino usei ginja de Alcobaça, a melhor de todas (não aceito discussões!), o que tornou o cocktail numa versão mais portuguesa do Aviation. Ora, Aviation em versão portuguesa... Gago Coutinho, claro. Pareceu-me o nome ideal. Não é um cocktail que nos faça atravessar o Atlântico, mas é suficientemente bom para tornar o fim do dia mais agradável!
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