Lombinho de porco com batata-doce e castanhas | Pork fillet with sweet potato and chestnuts
20/11/2017
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17/11/2017
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Há alturas em que os hamburgers de fast food (McDonald's, Burger King, Five Guys…) são uma escolha válida, principalmente quando o tempo é um factor importante. No entanto, em termos de hamburgers, a minha preferência vai para as hamburgerias que tratam a comida um pouco melhor - e com um pouco mais de tempo -, seja para combinações de sabores mais clássicas (o hamburger simples, o cheeseburger) ou mais elaboradas, onde a criatividade consegue criar algumas ideias bem interessantes. Aliás, a multiplicação de restaurantes oferecendo aquilo a que acabou por se chamar “hamburger gourmet” é um bom sinal de que o fast food deixou de ser a única opção generalizada - e todos nós ficamos a ganhar.
Sendo uma comida tão simples - carne picada no pão -, o hamburger é extraordinariamente versátil. Fazê-lo em casa tem a vantagem de podermos escolher exactamente os ingredientes que queremos usar e em que quantidades, ajustando o sabor final ao gosto de cada pessoa. Vale a pena preparar uma quantidade maior de hamburgers do que a que planeamos usar, congelando alguns para próximas refeições. Assim, sempre que voltar a apetecer, basta descongelar, preparar os acompanhamentos e cozinhar tudo - e essa é a parte rápida. Não tanto quanto o fast food, mas muito mais saboroso.
Neste caso, não inventei muito - este hamburgers são basicamente cheeseburgers com bacon. Mas têm alguns toques interessantes - a cerveja adicionada ao hamburger, o molho com whiskey a ir um pouco para lá de uma simples mistura de maionese e ketchup…
Claro que não é a mais saudável das escolhas para um almoço. Mas, às vezes, sabe mesmo bem.
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13/11/2017
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Um dos nossos programas de fim-de-semana preferidos, especialmente quando o tempo ajuda, é dar um salto ao mercado. A poucos quilómetros de casa temos a vila de Kingston-Upon-Thames, que tem um óptimo mercado ao ar livre - não muito grande, mas com umas quantas bancas com muito boa fruta, legumes e óptimo pão. Há também várias bancas de comida de rua, o que faz com que seja ideal para comprar frescos no mercado e depois sentar a almoçar ao ar livre.
Num destes fins-de-semana demos um salto ao mercado e valeu bem a pena. Trouxe marmelos, romãs, figos, morangos, framboesas - e encontrei à venda cogumelos chanterelle, com muito bom ar. Por impulso, resolvi comprar uns poucos, sem saber muito bem o que iria fazer com eles. Quando cheguei a casa, pus-me a pesquisar à procura de ideias, e acabei por resolver fazê-los assim, simples, salteados, com o chouriço a ajudar ao sabor.
Serviu de entrada ao jantar, e foi uma óptima escolha. O chouriço ficou crocante, as pontas dos cogumelos também, e o sabor estava óptimo. Hei-de voltar ao mercado para ver se ainda consigo encontrar mais uns quantos!
10/11/2017
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Não sendo propriamente um doce tradicional em Portugal, os marshmallows são bastante populares aqui em Inglaterra, especialmente em feiras ou festas - e principalmente nos meses frios. São óptimos aquecidos sobre fogo até começarem a derreter, e, se feitos em casa, sabem ainda melhor. São também bastante versáteis, sendo fácil acrescentar sabores à receita-base, que não é mais que uma mistura de açúcar, claras em castelo e gelatina.
Esta receita saiu bem, e rendeu cerca de 30 a 40 marshmallows. Usei um maçarico para os queimar, mas a chama do fogão também serve bem. Ou uma fogueira ao ar livre, se tiverem acesso fácil a uma!
Uma nota sobre o golden syrup - este é um tipo de calda de açúcar invertido, que ajuda a evitar que se formem cristais de açúcar, logo ajuda a que o ponto de rebuçado esteja estável e suave. Em alternativa, pode-se usar corn syrup ou xarope de glucose.
Penne improvisados com cogumelos, chouriço, pesto e pistácios | Improvised penne with mushrooms, chouriço, pesto and pistachios
06/11/2017
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A 25 de Outubro de 2005, em Roma, foi fundada a International Pasta Organisation, uma associação internacional sem fins lucrativos de produtores de massa. Talvez a acção mais visível desta associação tenha sido propôr o dia da sua fundação para ser o Dia Mundial da Massa - World Pasta Day. A ideia pegou e, a cada 25 de Outubro, as secções de curiosidades de alguma imprensa - bem como contas de Instagram e Facebook por esse mundo fora - enchem-se de conteúdos sobre a pasta, um dos principais legados que Itália deu ao mundo.
Nunca liguei a este dia, mas este ano apeteceu-me "celebrar", cozinhando massa - embora só a esteja a publicar hoje, esta foi a receita que fiz no dia 25. E é uma comida ideal para fazer a um dia de semana - é uma massa que já faço há anos, sempre adaptada ao que tiver no momento. Já a fiz com pinhões, com chouriço fuet, com halloumi, com outros tipos de massa - e hei-de fazê-la com muitas outras variantes. Mas desta vez saiu assim - cogumelos, chouriço, pesto e pistácios. Acho que o Dia da Massa não terá ficado com razões de queixa!
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03/11/2017
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O Negroni está na moda. À noite, em locais que servem cocktails, é muito comum ver copos com o inconfundível tom avermelhado desta mistura perfeita de gin, campari e vermute tinto. E ao contrário de tantas outras modas, esta é justificada.
Conta a lenda que o Negroni foi inventado em Florença, no início do século XX, quando o Conde Camillo Negroni entrou no Caffè Casoni e pediu que lhe fizessem um Americano (gin, vermute tinto e água com gás), mas um pouco mais forte, com gin em vez de água (tudo fica melhor com um pouco de gin, convenhamos). O cocktail herdaria o nome do Conde e chegaria assim aos nossos dias.
Fazer um Negroni não tem muito que saber - basta juntar iguais quantidades dos três ingredientes, colocar uma pedra grande de gelo e um twist de casca de laranja (ou uma rodela). Limão também serve (não tinha laranjas em casa quando fiz o da foto, por isso foi mesmo com limão). Como de costume em cocktails, há umas quantas variações a partir da receita original: usando prosecco em vez de gin obtém-se um Negroni Sbagliato; com whiskey em vez de gin passa a ser um Boulevardier (que recomendo!); um Old Pal usa vermute branco em vez de tinto e whiskey de centeio canadiano em vez de gin... e por aí fora. Mas o original é incontornável - e tão simples de fazer que não há desculpa para não o experimentar.
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02/11/2017
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Há uns anos, encontrei numa loja um livro de culinária que não conhecia e que me pareceu muito interessante. Chamava-se "The Family Meal - Home Cooking With Ferran Adrià" e era um livro de receitas do famoso cozinheiro espanhol, mas em vez de serem as receitas que servia no El Bulli (que ainda estava aberto na altura), o livro apresentava antes as receitas que a equipa do restaurante preparava para as suas refeições antes de começarem a servir os clientes. Assim sendo, são receitas simples, agrupadas em ementas de entrada, prato principal e sobremesa, e fáceis de fazer por qualquer pessoa em casa. Ainda assim, como não podia deixar de ser num livro de Ferran Adrià, há aqui variantes interessantes sobre pratos clássicos. E até hoje, das receitas que experimentei, nenhuma saiu mal e todas valeram bem a pena.
Esta é uma das receitas do livro. O frango fica óptimo, os cogumelos combinam muito bem - e não é nada difícil. Não há aqui a famosa cozinha molecular de Adrià, só comida simples, honesta e generosa. E às vezes é mesmo isso que apetece.
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31/10/2017
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Levar os miúdos para a cozinha é sempre importante. Ensinar-lhes os básicos, mostrar-lhes como os ingredientes vão tomando forma e transformando-se naquilo que iremos comer, mostrar-lhes as técnicas, deixá-los ajudar e fazê-los sentir que aquele prato que vai para a mesa também é um pouquinho deles.
Os dois rapazes cá de casa adoram pôr um avental e ajudar - e foi por isso que gostei muito da ideia da revista SÁBADO de publicar a colecção Sim, Chef!. São cinco livros com receitas de outros tantos chefs e dos seus filhos, pensadas especialmente para cozinhar com as crianças - mas sem concessões de sabores e qualidade. Até ao momento, já foram publicados três números, com os chefs Bertílio Gomes, Marlene Vieira e Tanka Sapkota. Os dois números que faltam trarão Leonel Pereira e Paulo Morais.
A receita de hoje é do livro da chef Marlene Vieira (e da sua filha Isabel) e, desta vez, foi cozinhada pelos rapazes, só com a minha ajuda quando necessário. Segundo eles, é a melhor sopa que já comeram (e sim, é mesmo muito boa!).
26/10/2017
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Nunca me canso de dizer isto - as coisas simples são tantas vezes as melhores. Pegar num molho de espargos, numas quantas cebolinhas, num bom queijo de cabra e, num instante, ter uma entrada destas pronta. Fresca, saudável, apetitosa.
A receita não é minha - encontrei-a num fantástico livro publicado pela Riverford, uma empresa que entrega cabazes e produtos orgânicos sazonais aqui em Inglaterra, com uma óptima qualidade e muita variedade. O livro é uma colecção de receitas para vegetais de Primavera e Verão (há também uma versão de Outono e Inverno) e é muito bom para tirar ideias sobre o que fazer com aqueles legumes que trouxemos do mercado porque tinham mesmo óptimo aspecto.
Uma nota sobre o queijo de cabra - o melhor é usar um queijo que seja duro e fácil de esfarelar. No meu caso usei um queijo de cabra tipo cheddar, envelhecido em gruta, que é uma pequena maravilha, mas qualquer outro serve - e se não encontrarem de cabra, podem facilmente substituí-lo por outro que vos pareça bem.
Pizza caseira com tomate, burrata, presunto e manjericão | Homemade pizza with tomato, burrata, prosciutto and basil
23/10/2017
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Pizza é sempre uma boa opção para aqueles dias em que não se tem tempo para (ou não apetece) fazer nada muito elaborado. É prático mandar vir ou cozinhar uma pizza de supermercado já pronta, mas a melhor opção é sempre fazer a nossa própria pizza, de preferência de raiz, com massa caseira.
Fazer massa de pizza é muito menos complicado do que pode parecer à primeira vista. Demora algum tempo, porque a massa tem que fermentar (idealmente de um dia para o outro), mas a vantagem é que se pode fazer mais quantidade do que a que precisamos, congelando o excesso. Assim, de cada vez que vos apetecer pizza, só têm de se lembrar de deixar uma bola de massa a descongelar.
Outro ponto importante é o forno - acho que não estou enganado se disser que a maioria das pessoas não tem acesso fácil em casa a um forno a lenha (se tiverem, óptimo!). Sendo assim, um forno normal tem de servir, embora não consiga gerar uma temperatura tão elevada. Há algumas técnicas para conseguir que a massa coza perfeitamente, por cima e por baixo - usar uma pedra de cerâmica, por exemplo. Ou usar uma frigideira de ferro - liga-se o grill do forno na temperatura máxima, leva-se uma frigideira de ferro ao lume do fogão até estar bem quente e coloca-se a massa da pizza, já estendida, na frigideira durante cerca de um minuto, para que coza por baixo. Enquanto coze vão-se colocando os vários ingredientes sobre a massa e, no final, mete-se a frigideira directamente no forno, na prateleira de cima, para que o grill coza o topo da massa. Como infelizmente não tenho nem uma pedra de cerâmica nem uma frigideira de ferro, não pude experimentar estas soluções, por isso usei a melhor alternativa - liguei o forno na temperatura máxima, tendo primeiro invertido um dos tabuleiros. Assim que a temperatura chegou ao máximo, passei para o grill, também no máximo. Estendi a pizza sobre uma folha de papel vegetal, retirei o tabuleiro invertido do forno e coloquei a pizza sobre ele (mantendo-o invertido, ou seja, a pizza ficou sobre o fundo do tabuleiro). O tabuleiro deverá estar tão quente que começa a cozinhar a base da pizza. Coloquei então os ingredientes da cobertura e levei novamente ao forno para terminar de cozinhar. O resultado não é o mesmo que o de um forno a lenha, mas é suficientemente bom para uma pizza caseira.
Uma nota final sobre os ingredientes - as quantidades para a massa dão para 4 pizzas de tamanho médio. Geralmente faço sempre esta quantidade, mesmo que só use o necessário para uma ou duas pizzas - envolvo o resto da massa em película aderente e congelo, para usar noutro dia. Quanto aos ingredientes para a cobertura, indico apenas o necessário para uma pizza. As quantidades são muito vagas, porque geralmente uso o que tiver à mão. A cobertura de uma pizza não é uma ciência exacta e ponho sempre os ingredientes a olho - umas colheres de molho de tomate, uma mozzarella ou outro queijo semelhante (desta vez usei burrata, que é mais cremoso) "rasgado" com as mãos sobre a massa, uns tomates-cereja, umas fatias de presunto, algum manjericão. Usem esta lista mais como inspiração - e mudem o que vos apetecer.
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20/10/2017
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Há dias ideais para fazer bolos. Geralmente ao fim-de-semana, quase sempre ao domingo à tarde - talvez para tentar prolongar mais um pouco o dia, para melhorar o lanche, para não pensar na segunda-feira que está quase a chegar. Ou, simplesmente, porque sim. Não são precisas grandes razões para fazer um bolo.
Este bolo é simples, rápido e saboroso. A massa não tem floreados, mas os mirtilos e a cobertura glacé de limão dão-lhe todo o sabor. Vai uma fatia?
Encontrei a receita original no Kitchen Stories.
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