Satay singapurense | Singaporean satay
22/01/2018
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19/01/2018
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Fazer pastéis de nata em casa é muitas vezes um desafio inglório. É difícil ter um resultado como os das melhores pastelarias, porque a temperatura conta muito. A menos que se tenha um forno de pasteleiro em casa, será impossível atingir as temperaturas de 350° ou mais que garantem os resultados perfeitos que estamos habituados a comer. Mas, apesar de tudo, podemos aproximarmo-nos. E poder ter um pastel de nata quentinho e com o creme no ponto é algo que vai mesmo valer a pena.
A receita que usei vem no Lisboeta, o muito recomendado livro do chef Nuno Mendes, do qual já aqui falei na receita de pão com chouriço e nozes. O livro é mais do que um livro de receitas lisboetas - ou inspiradadas por Lisboa. É também um tratado sobre o dia-a-dia, a cultura e os hábitos da cidade e dos seus habitantes, cheio de textos do próprio Nuno Mendes e fotografias de Andrew Montgomery. Vale bem a pena folheá-lo - e apetece experimentar todas as receitas.
Voltando aos pastéis, o creme é óptimo e isso é logo meio caminho andado. Não fiz a minha própria massa folhada, comprei já feita - mas se quiserem aventurar-se na vossa própria, então avancem e provavelmente o resultado será ainda melhor!
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16/01/2018
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Tal como já aqui escrevi, o salmão é um dos (poucos) peixes que por cá se consegue encontrar facilmente e de boa qualidade. Por isso mesmo, acabo por voltar a ele mais vezes do que provavelmente voltaria se tivesse a diversidade - e frescura - que temos em qualquer mercado de Portugal.
Esta receita foi adaptada de uma que encontrei aqui. É simples e saborosa - o molho de alho, limão e manteiga liga muito bem com o salmão - e usar cebolinha como toque final nunca é uma má escolha. Para acompanhar, não compliquei - juntei uns espargos cozidos em água com um pouco de sal, e ficou um prato que apetece repetir.
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12/01/2018
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Encontrei esta receita no site da BBCGoodFood, no qual é comum encontrar boas ideias. Andava à procura de algo diferente, mas simples, e esta receita pareceu-me uma boa escolha. Gosto muito do sabor da manteiga de amendoim neste molho. Não é exactamente um satay (que passará por aqui em breve, na versão que tradicionalmente se come em Singapura), mas é um prato fácil de fazer e cheio de sabor.
Acompanhei com arroz basmati, que é uma óptima combinação.
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09/01/2018
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Fiz esta receita num Domingo. Estava a nevar em Londres - começou logo de manhã e manteve-se por boa parte do dia. Apetecia ficar em casa, de aquecimento ligado, sem grandes aventuras pela rua. Mas primeiro era preciso pensar no almoço.
Aproveitei uma pausa na neve para ir num instante ao supermercado. Tinha encontrado esta receita no site Good Food, da BBC, e parecia uma boa ideia: a combinação do frango com as especiarias, o cuscuz, o limão e as azeitonas prometia. Só precisava de meia dúzia de ingredientes e uma hora na cozinha. Comprei o que precisava, voltei para casa antes da neve recomeçar a cair e meti mãos à obra.
Os aromas encheram a casa num instante - e a promessa foi cumprida. O frango estava saboroso, o cuscuz ainda mais. Almoçámos nestes tons de amarelo, enquanto lá fora a rua e a cidade se cobriam de branco. Dias bons.
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04/01/2018
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Quis preparar uma sobremesa diferente para a noite da Consoada, passada em família. Lembrei-me de um cheesecake, que era algo que já não fazia há algum tempo. E, já agora, que fosse um cheesecake cozido, que nunca tinha experimentado cozinhar. A cobertura tinha de ter alguma ligação ao Natal, o que me fez pensar imediatamente na romã, um fruto com ligações simbólicas ao Natal e às suas tradições. A ideia estava pronta, só faltava alguma pesquisa - acabei por encontrar esta óptima receita no Mel’s Kitchen Cafe, que saiu perfeita, e que de certeza que utilizarei como base para outros cheesecakes no futuro. Demora algum tempo, e convém começar a ser preparado de véspera, mas vale bem a pena!
Duas notas em relação aos ingredientes: o sour cream (natas azedas) é muito fácil de encontrar em Londres, mas mais complicado em Portugal. Sendo assim, acabei por usar crème fraîche para o recheio, e iogurte grego para a cobertura (porque me enganei nas quantidades e já não tinha crème fraîche suficiente…). Resultou bem, mas mantenho o sour cream na receita em baixo. Em relação ao sumo de romã, tive um problema semelhante - é fácil encontrar garrafas de sumo de romã natural em supermercados ingleses (só mesmo o sumo, sem mais nenhum aditivo), mas complicado em Portugal. Acabei por comprar algumas romãs a mais e por fazer o meu próprio sumo, triturando as sementes com uma varinha mágica e passando num passador de rede fina para retirar as grainhas. Ao todo usei 4 romãs para conseguir as sementes necessárias para a massa do cheesecake, a decoração e o sumo.
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02/01/2018
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A brincar, a brincar, já estamos em 2018 - Bom Ano a todos!
Para ajudar a enfrentar o ano da melhor maneira, parece-me boa ideia começar com um brinde. Para além disso, este cocktail é óptimo para o caso (improvável, eu sei) de vos ter sobrado champanhe da noite de passagem de ano. O Sbagliato ("errado" ou "enganado" em Italiano) é primo do Negroni, de que já aqui falámos, mas leva espumante em vez de gin (diz a lenda que terá sido um erro de um barman no Bar Masso, em Milão, em finais dos anos 60, a dar-lhe a origem e o nome). Pode ser feito com prosecco ou outros vinhos espumantes, mas eu prefiro com champanhe - e sim, no meu caso havia sobras do Ano Novo, por isso foi a escolha ideal.
As proporções do Negroni tradicional são simples: partes iguais de cada ingrediente. Mas num Sbagliato deve dar-se primazia ao espumante - por isso mesmo, uso esta receita com 3 partes de champanhe para 1 de Campari e outra de vermute. Não usei guarnição, mas uma casca ou meia rodela de laranja seriam boas escolhas.
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Perna de pato confitada com couve-roxa e molho de Madeira | Confit duck leg with red cabbage and Madeira sauce
24/12/2017
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Às vezes a vontade de cozinhar um prato nasce assim - estava em viagem, em trabalho, e fui jantar com os meus colegas a um daqueles restaurantes com uma ementa onde parece caber tudo. Não tanto em número de pratos, mas em variedade de cozinhas. Havia bifes, pratos de influência italiana, outros asiáticos, outros franceses… O tipo de ementa que normalmente me faz desconfiar - quando se tenta fazer tudo, é comum não se conseguir fazer nenhuma das coisas suficientemente bem. Desta vez, contudo, estava enganado. Pedi uma perna de pato confitada - e ela chegou perfeita, com a cozedura no ponto, com couve-roxa (óptima!) e puré de batata a acompanhar, tudo equilibrado e cheio de sabor. E ficou-me a ideia de tentar fazer isto em casa. Não importava que nunca tivesse confitado pato antes - estamos cá é para experimentar e aprender, certo?
E assim foi. Pus-me a pesquisar receitas, a cruzar ingredientes e tempos, a buscar ideias de vários sítios e a alinhavar o que me parecia uma boa versão da receita. Sabia que ia precisar de tempo, embora não fosse necessariamente uma receita difícil. Finalmente, chegou o fim-de-semana ideal - comprei o pato, preparei-o de véspera, e, no domingo de manhã, pus mãos à obra. A manhã inteira a preparar o pato, a couve, o molho - e tudo planeado para ficar pronto mesmo à hora de almoço. Correu bem. E valeu a pena.
O pato fica óptimo, tenro e saboroso. A couve-roxa é uma receita a repetir, um acompanhamento óptimo, com a maçã e os restantes sabores a intensificar o sabor da couve (e que vale a pena fazer em maior quantidade e guardar, aguenta muito bem aquecida em dias seguintes). O molho de vinho da Madeira dá o toque final. Ah, e tal como no restaurante, acrescentei também puré de batata, servido à parte. Não é um prato rápido que se faça de impulso, precisa de planeamento, mas acreditem, vale mesmo o esforço.
Só uma nota final sobre mixed spice - esta é uma mistura de especiarias comum em Inglaterra, que contém geralmente canela, noz-moscada, pimenta-da-Jamaica e pode incluir também cravinho, sementes de coentros e gengibre. Pode ser feita facilmente em casa, misturando este tipo de especiarias. É uma combinação também bastante utilizada por aqui em bolos e receitas de Natal.
...E, por falar em Natal - um óptimo Natal para todos os que nos lêem!! :)
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19/12/2017
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A terra é grande / É pequenina / Do tamanho apenas da tangerina / Quem mata e morre / Nunca percorre / Os caminhos do que há de melhor / Nesse sumo / A vida, gomo a gomo
(Sérgio Godinho, O Primeiro Gomo da Tangerina)
A ideia veio do nada - provavelmente porque tinha tangerinas em casa. E porque não? A panna cotta presta-se sempre a estas combinações, a inventar coberturas que elevem as natas cozidas ao nível que merecem. À medida que o ano avança e as estações mudam, também mudam as possibilidades, com novos ingredientes e outras frutas a aparecer. Desta vez foram as tangerinas, numa calda doce e de cor forte, a dar mais sabor a uma panna cotta simples, só com o coco a acrescentar uma nota diferente.
A enfeitar, um gomo apenas. Como o primeiro, o da canção.
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Barriga de porco com maçã caramelizada e puré de feijão e maçã | Pork belly with caramelised apples and butter beans and apple purée
13/12/2017
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A barriga de porco (ou entremeada) é uma das minhas peças preferidas. Principalmente feita assim, num bom assado, lento, para que a carne fique a desfazer-se na boca, e a pele fique crocante e estaladiça (a que aqui chamam crackling e que nunca pode faltar num bom assado de porco).
A maçã é um acompanhamento clássico para a carne de porco - resolvi juntá-la a dobrar: em fatias caramelizadas em manteiga e açúcar, e num puré óptimo, com feijão-manteiga, que pode ser aproveitado como acompanhamento em vários outros pratos. Ficou tudo óptimo!
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05/12/2017
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Um Domingo preguiçoso, lá fora faz frio, os dias cada vez mais curtos. É de manhã, um dos rapazes está numa aula de rugby com a mãe, eu estou em casa com o outro rapaz, é preciso preparar o almoço, qualquer coisa que não dê muito trabalho (é um daqueles dias que pede coisas simples), mas que seja aconchegante, porque as temperaturas não ajudam e o céu está demasiado cinzento para comidas mais frescas.
Vou ao supermercado, trago batatas, pimentos e cebolas roxas - podia ter trazido beringela ou courgette, ou quaisquer outros vegetais que apetecesse usar. Trago também salsichas de porco frescas, seis delas com cebola roxa caramelizada, outras seis com maçã (tal como disse aqui, a variedade de salsichas frescas em Inglaterra é uma pequena maravilha).
Volto para casa, preparo os ingredientes, ponho no forno, deito vinho branco num copo, entretanto chega a mãe e o rapaz mais novo, e está o almoço praticamente pronto - e o Domingo passa-se melhor.
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