Frango caramelizado | Caramelised chicken
12/03/2018
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09/03/2018
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Eu sei, eu sei, já é a terceira receita do livro Sweet que trago para o blog em pouco tempo (depois do bolo de coco, amêndoa e mirtilos e do bolo de ameixa merengado), mas que querem, o livro é mesmo bom!
Para além do mais, tinha claras para gastar e pensei que era a desculpa ideal para experimentar uma pavlova pela primeira vez. Esta sobremesa é relativamente simples - uma base de merengue, coberta com um creme (geralmente natas batidas) e fruta. O nome é uma homenagem à bailarina russa Anna Pavlova, e a Austrália e a Nova Zelândia disputam-lhe a autoria. Há dezenas de receitas por aí, mas esta do livro de Yotam Ottolenghi e Helen Goh é interessante por ser uma pavlova enrolada - depois de cozer o merengue, este é coberto de frutas e enrolado como se fosse uma torta.
A receita pode ser adaptada facilmente a quaisquer outras frutas - aliás, no livro são usadas amoras em vez de mirtilos, mas eu preferi assim e correu bastante bem. Dependendo da época, outras frutas serão sempre bem-vindas. O resultado final é divinal - esta quantidade dá para uma pavlova de tamanho bastante considerável, mas acreditem que não vai durar muito. Pelo menos aqui desapareceu num instante!
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05/03/2018
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Uma das receitas clássicas de massas italianas (hei-de trazer mais umas quantas), a puttanesca é praticamente um dos símbolos de Nápoles, onde foi inventada no século passado. Dispenso-me de fazer comentários ao nome (até porque não há consenso sobre as suas origens, embora haja várias histórias mais ou menos verosímeis, como seria de esperar num nome tão... enfim... colorido), mas não de elogiar esta combinação de ingredientes - como todas as melhores massas de Itália, é simples e perfeita. São quatro ingredientes principais (mais uns quantos para ajudar): tomate, alcaparras, anchovas e azeitonas. Só isto - e não precisa de mais.
A receita é fácil e rápida, e ideal para um dia em que apeteça um pouquinho do sul de Itália sem grandes complicações.
02/03/2018
Escrito por | Written by Bruno
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Já aqui falei do Sweet, o livro de Yotam Ottolenghi e Helen Goh, que é uma verdadeira perdição, com vários tipos de sobremesas, todas elas com um ar que apetece arrancar das fotografias e comer imediatamente.
Esta é mais uma das receitas do livro, que correu muito bem. É um bolo com três camadas diferentes, cada uma a acrescentar sabor ao resultado final: primeiro, uma base de bolo, simples e com sabor a coco ralado; a seguir, uma camada de ameixas, que assam devagar no forno, deixando o sumo cair no bolo, tornando-o húmido e saboroso; finalmente, a terminar, uma gloriosa camada de merengue com amêndoa laminada. Cada fatia é uma pequena maravilha - e a receita adapta-se facilmente a quaisquer outras frutas da época que quiserem usar.
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Pizza de cogumelos portobello, taleggio, tomate seco e manjericão | Portobello mushrooms, taleggio, sun-dried tomato and basil pizza
26/02/2018
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Pizza. É preciso dizer mais?…
Sim, claro que é :-) A receita de massa que sigo é a mesma que expliquei aqui. Como disse na altura, faço sempre massa a mais e congelo o que sobra - assim, quando queremos fazer uma refeição de pizza, basta lembrar-me com antecedência e deixar a massa a descongelar. Depois é só pensar nos ingredientes para a cobertura, e o resto é rápido.
Desta vez, quis usar cogumelos. Os portobello combinam muito bem com o taleggio, queijo italiano de vaca, produzido na zona da Lombardia (e partes do Piemonte e Veneto), de aroma intenso mas sabor suave. Para finalizar, juntei tomates secos e umas folhas de manjericão para refrescar. Como da outra vez, as quantidades são vagas - as coberturas das pizzas fazem-se a olho…
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15/02/2018
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Um destes dias dei por mim a olhar para a fruteira, cheia de maçãs, e a pensar no que poderia fazer com elas.
Pareceu-me bem tentar um gelado, até porque nunca tinha experimentado fazer um de maçã. O tempo por aqui está frio, mas isso não é desculpa para não fazer gelados (caso contrário, pobre da indústria sorveteira britânica!...). Saiu um gelado cremoso, com um aroma inconfundível a canela, e com a surpresa de encontrar pequenos pedaços macios de maçã lá pelo meio. Uma maravilha!
A base que usei foi a mesma do gelado de figo que já aqui publiquei: um gelado de nata simples, mas perfeito. Depois basta juntar o sabor que quisermos dar ao gelado - neste caso, as maçãs cozidas com açúcar, canela e um pouquinho de noz-moscada.
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13/02/2018
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O Pad Thai é um prato típico tailandês de massa de arroz, com inúmeras variações em termos de ingredientes, mas sempre com um sabor intenso dado pela mistura do tamarindo com o molho de peixe e o sumo de lima.
Nesta versão, usei cogumelos em vez dos mais tradicionais camarões, o que o transformou quase num Pad Thai vegetariano, não fora o molho de peixe - este pode ser substituído facilmente por molho de soja se quiserem uma versão ovo-lacto-vegetariana.
É um prato simples, rápido e muito saboroso - óptimo para juntar à lista de pratos a preparar naqueles dias em que apetece qualquer coisa especial, mas sem ter de passar horas na cozinha!
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06/02/2018
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Ainda hoje, quase 30 anos passados, nos referimos em família àquelas férias como “A Viagem”, assim mesmo, em maiúsculas. Foi uma verdadeira aventura - cerca de 40 dias a conduzir pela Europa fora, uma Europa muito maior e mais fechada em 1991 do que é hoje. O ponto mais longe a que chegamos foi Istambul, uma mistura entre Europa e Ásia, entre oriente e ocidente, que nos marcou de diversas formas.
Uma delas, que ainda hoje traz recordações, foi a comida. Quando estamos em família e nos lembramos d’A Viagem, é comum alguém recordar-se de uma refeição que fizemos em que não fazíamos ideia do que estávamos a comer (não é fácil perceber turco e não havia Google Translate para ajudar…) mas sabíamos duas coisas: não havia carne e era delicioso. Lembro-me de beringelas e sei que adorei. Não faço ideia se era este İmam Bayıldı ou outro prato qualquer, mas ficou-me sempre a ideia da cozinha turca ser diferente e muito interessante.
Foi também por isso que me apeteceu experimentar esta receita. Gosto de beringelas, mas não as uso muitas vezes - e um prato cujo nome significa “O Imã Desmaiou” pareceu-me ser uma boa oportunidade de voltar a cozinhá-las. Há duas versões sobre o nome do prato - uma diz que um imã turco gostou tanto deste prato que desmaiou ao prová-lo. A outra diz que o imã desmaiou ao aperceber-se da quantidade - e do custo proibitivo - de azeite que a sua mulher usava para cozinhar este prato todos os dias…
Investiguei várias receitas, mas acabei por seguir esta, do Yotam Ottolenghi que, não sendo turco, conhece a fundo este tipo de cozinha. É uma receita simples, mas só com coisas boas - beringela, tomate, pimentos, algumas especiarias, tudo cozinhado em bastante azeite. Simples, diferente - e capaz de fazer imãs desmaiar!
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02/02/2018
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Eu sei, eu sei, não estamos exactamente na época das favas… Mas o congelador é o melhor amigo dos produtos portugueses para quem está noutro país - tínhamos congelado um saco de favas que a minha sogra nos trouxe durante uma visita no ano passado, e achei que estava na hora de usá-lo. Até porque todas as alturas são boas para um bom prato de favas!
Esta receita é basicamente a mesma que já fazia há quase 11 anos, quando a publiquei no Cozinha com Tomates - afinal de contas, em receita vencedora não vale a pena mexer muito, e esta fica óptima assim. A única grande diferença foi no ramo de cheiros - só arranjei hortelã e coentros, mas idealmente teria também juntado casca das favas e folhas de alho-francês. Se os tiverem à mão, juntem também.
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30/01/2018
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Sweet, o novo livro de Yotam Ottolenghi e Helen Goh, é um daqueles livros que apetece comer. A capa, as fotografias lá dentro, tudo tem um óptimo aspecto - e a variedade de receitas é grande, de biscoitos a bolos, passando por gelados, cheesecakes e outros.
Um destes fins-de-semana “estreei” finalmente o livro. Era um daqueles dias de Inverno londrino, cinzento e chuvoso, em que não apetece ir à rua - a casa está quente, há um filme na televisão, há música na cozinha e o forno já está ligado, à espera. Esta receita foi a escolhida - um bolo sem grandes complicações, com bons ingrediente e ideal para aquecer o espírito.
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26/01/2018
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Tal como escrevi aqui, depois de ter publicado receitas de Bolo de Bolacha e Salame de Chocolate, faltava-me uma para completar a Santíssima Trindade das Sobremesas de Festas de Aniversário dos Anos 80 - o Pudim Molotof, claro está. E, antes que alguém me corrija, eu escrevo assim, Molotof, com 'f' no fim. Há alguma discussão sobre a origem do nome, e eu tomo por boa a que vem no Ciberdúvidas, que diz o seguinte:
O nome original deste doce é «pudim Malakof» e está relacionado com a guerra da Crimeia que decorreu em 1854 e 1855.
Malakof é o nome de uma fortaleza que protegia a cidade de Sebastopol. O general francês Pélissier tomou esta fortaleza e recebeu o título de duque de Malakof. É uma sobremesa de tempos de guerra, visto que é feita com claras de ovo. Por exemplo, em Portugal, é frequente fazermos este pudim para aproveitarmos as claras que sobram da receita do pão-de-ló, que usa apenas as gemas dos ovos.
Durante a guerra de 1939-45, notabilizou-se como ministro dos Negócios Estangeiros da URSS Vyacheslav Mikalovich Skriabine, dito Molotov na clandestinidade. Foi com este nome que passou a ser conhecido internacionalmente. Provavelmente por confusão com este nome, o povo português passou a designar também esta sobremesa por «pudim Molotov».
Seja como for, toda a minha infância este foi o pudim "Molotof", dito e escrito desta forma, e custa-me mudar para um 'v'. É suavizar o doce, como se lhe tirássemos o caramelo e parte do açúcar. Por isso, deixo-o ficar assim.
A receita que usei foi a da Dolce Rita (também ela adepta do 'f' no fim!). É uma receita muito simples, mas que requer algum cuidado na cozedura. O forno tem de estar à temperatura certa, e não pode ser aberto antes do tempo - se tudo for seguido à risca, fica óptimo.
Uma nota sobre as quantidades - a minha forma é relativamente pequena. Se usarem uma forma de Molotof normal, precisarão de cerca de 8 claras. Para ajustar as quantidades, basta usarem 30g de açúcar e 1 minuto de forno por cada clara - portanto, com 8 claras serão 240g de açúcar e 8 minutos de cozedura. Usando estas proporções, não deverão ter grandes dificuldades.
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