Vieiras com puré de abóbora e manteiga de salva | Scallops with butternut purée and sage butter
05/11/2019
Escrito por | Written by Bruno
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O Sticky Toffee Pudding (traduzido livremente por mim como Bolo de Toffee Peganhento) é uma das minhas sobremesas inglesas preferidas. Tendo sido popularizado nos anos 70 a partir de um hotel no Lake District inglês, este doce espalhou-se rapidamente e hoje encontra-se um pouco por todo o lado. É desavergonhadamente rico - uma espécie de bolo doce, com tâmaras misturadas na massa e aromatizado com cravinho, coberto com um molho de toffee (daí o nome) e geralmente servido com uma bola de gelado de baunilha, creme inglês ou ambos. O bolo em si é húmido e cheio de sabor e, mesmo com a cobertura, surpreendentemente leve. Ideal quer com uma boa chávena de chá ao lado, ou no final de uma boa refeição.
A receita que segui foi a da Felicity Cloake, publicada no livro "Completely Perfect: 120 Essential Recipes for Every Cook". Tal como de costume, a Felicity analisou e testou várias receitas diferentes e retirou as melhores partes de cada uma até obter a sua receita. Posso confirmar que resulta muito bem - o Sticky Toffee Pudding não deu muito trabalho e saiu óptimo, mesmo como eu queria - leve e muito saboroso!
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31/10/2019
Escrito por | Written by Bruno
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Todas as semanas, aos sábados, o Guardian publica o Feast, um suplemento de cozinha com alguns colaboradores habituais (Yotam Ottolenghi, Felicity Cloake, Thomasina Miers…) e outros convidados, com várias receitas e críticas gastronómicas. Já faz parte da minha rotina folheá-lo de manhã em busca de ideias para as refeições do fim-de-semana.
Numa destas últimas semanas, Ottolenghi publicou três receitas usando maçãs como ingrediente. Esta chamou-me a atenção - como não é difícil de perceber olhando para a lista de receitas aqui no blog, gosto muito de barriga de porco; esta prometia sabores interessantes, com o gengibre, o anis-estralado e o molho de soja a dar um ar oriental que me intrigou. Ottolenghi escreve que foi inspirado pelo adobo de porco Filipino, no qual a carne é marinada e cozinhada num molho à base de molho de soja e vinagre. Esta receita é diferente, mas a soja está lá, bem como vinagre de sidra, que combina bem com o sumo de maçã - e as próprias maçãs, que dão um acompanhamento perfeito à carne.
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29/10/2019
Escrito por | Written by Bruno
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Já várias vezes aqui elogiei receitas de assados. Há qualquer coisa de quase mágico em encher uma assadeira de ingredientes crus, colocá-la num forno quente, ir fazer qualquer coisa - ler um livro, ouvir música, beber um vinho, talvez todas estas ao mesmo tempo - e, passado algum tempo, voltar a abrir o forno e descobrir que os ingredientes se transformaram numa refeição completa, cheia de aromas e sabores e pronta a levar à mesa.
Não é difícil perceber porque me interessei pelo livro “The Roasting Tin - Simple One Dish Dinners”, de Rukmini Iyer. A premissa do livro é simples - refeições que podem ser feitas no forno, usando apenas uma assadeira. Iyer dividiu o livro em vários capítulos, desde carne e peixe a comida vegetariana ou sobremesas, e em todos eles há óptimas ideias de receitas, mas, mais importante ainda, bases para criar outras receitas - que ingredientes combinar, que tipo de sabores procurar, que tempos de assadura. É um belo livro para usar mais o forno - e Iyer já tem mais uns quantos publicados nesta série.
A receita de hoje foi adaptada de lá. É fácil de fazer e a marinada (pimentão-doce, açúcar, azeite, lima, malagueta) dá um sabor óptimo ao frango e à batata-doce, que aqui fica ainda melhor que batata normal. Experimentem - e aproveitem bem a hora que vão passar fora da cozinha à espera que o forno faça a sua magia!
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22/10/2019
Escrito por | Written by Bruno
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É sempre uma pena quando descobrimos coisas boas tarde demais. Para mim, o Sweet World Challenge foi uma dessas coisas - uma ideia de duas bloggers portuguesas, a Lia do Lemon and Vanilla e a Susana do Basta Cheio que, todos os meses, sugeriam uma receita doce, geralmente tradicional de qualquer parte do mundo, e desafiavam quem quisesse participar a fazer essa receita (ou qualquer variação sobre a mesma) e partilhar o resultado. Não havia competição nem prémios e o objectivo era mesmo só descobrir receitas novas, partilhar e ver o que outras pessoas tinham feito.
Infelizmente, descobri o Sweet World um pouco tarde, por isso acabei por participar poucas vezes. E entretanto, no início deste ano, a Lia e a Susana terminaram-no. Foi uma pena saber do final, mas às vezes é preciso parar e ganhar tempo e espaço para respirar. Espero que ambas o tenham conseguido.
O último desafio do Sweet World foi uma receita de Rolos de Canela (Cinnamon Rolls), doce muito popular nos países nórdicos, nos Estados Unidos e também aqui, no Reino Unido. Um bolo simples, uma espécie de caracol com recheio de canela e especiarias e, em alguns casos, uma cobertura de açúcar e queijo creme. Já andava há algum tempo para experimentar fazê-los e, quando finalmente me decidi, socorri-me da receita da Lia, que por sua vez a foi buscar ao livro "New York Christmas", de Lisa Nieschlag e Lars Wentrup.
A receita foi simples de preparar, e irresistível de provar. Estavam ainda melhores do que parecem na fotografia!!
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08/10/2019
Escrito por | Written by Bruno
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As caponatas são como os chapéus: há muitas. Prato de origem siciliana, tem quase sempre uma base de beringela frita, misturada com aipo e alcaparras, num molho agri-doce, à base de vinagre. No entanto, cada terra tem a sua variante - desde polvo a azeitonas, pinhões a batatas, há quem acrescente de tudo um pouco.
A receita que usei vem de um livro que trouxe de Roma - “L’Italia In Cucina - Ricette, Tradizioni, Prodotti”, uma volta por cada uma das regiões italianas, apresentando os seus produtos tradicionais e receitas dos seus melhores pratos, com a característica de cada receita ser disponibilizada por restaurantes locais. É um belo livro para quem gostar da cozinha italiana e quiser explorá-la um pouco mais (convém que estejam mais ou menos à vontade com a língua italiana!).
No caso da caponata, a receita do livro é a do restaurante Don Camillo, de Siracusa. Usei-a como entrada num jantar italiano com amigos, servida com uma focaccia de alecrim, e estava óptima - e no dia seguinte, ainda melhor! Tem sabores fortes - o aipo, os tomates, as alcaparras, o vinagre -, mas confiem em mim: todos eles se equilibram perfeitamente. É uma pequena maravilha, como os italianos tão bem sabem fazer.
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04/10/2019
Escrito por | Written by Bruno
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Eu sei, eu sei, a verdadeira receita da tarde Tatin é um bocadinho mais complicada que esta e leva massa quebrada em vez de massa folhada. Mas esta, embora meio "aldrabada", é uma boa alternativa. É rápida e muito simples de preparar - e, mais importante ainda, tem um sabor óptimo, com a manga caramelizada a combinar muito bem com o subtil toque de acidez dado pela raspa de lima. A receita original saiu na revista mensal do Waitrose.
Eu sou muito mais da escola italiana que da francesa, mas um dia hei-de aventurar-me numa Tatin em condições. Até lá, se quiserem aproveitar aquelas mangas que estão a amadurecer na fruteira, experimentem esta! Bom fim-de-semana!
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30/09/2019
Escrito por | Written by Bruno
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A Amatriciana é uma das receitas clássicas de massa italiana. O nome vem da cidade italiana de Amatrice, onde este prato nasceu, embora tenha feito um sucesso tal em Roma, que rapidamente se transformou num dos pratos tradicionais da capital.
O molho é claramente da região do Lácio - os dois ingredientes principais são produtos locais e, tanto quanto possível, não devem ser substituídos por outros: o queijo pecorino romano (que, comparativamente com outros pecorinos - queijos de ovelha - italianos, é bastante mais salgado, o que ajuda a temperar o molho) e o guanciale (de que já aqui falei quando vos trouxe uma Carbonara), uma carne curada feita a partir de bochechas de porco. Há mais uns quantos ingredientes - tomate, vinho branco e, claro, a massa, que deve ser longa, tipo esparguete ou bucatini. Mas o sabor vem daqueles dois, que aqui podem brilhar. E, na verdade, não é preciso mais nada!
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12/08/2019
Escrito por | Written by Bruno
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Já em contagem decrescente para as férias (mais 2 dias!!), ainda há tempo para publicar uma das receitas que já tinha em lista de espera há algum tempo. Queria fazer focaccia para um jantar italiano com amigos, por isso pus-me à procura de receitas e a fazer o habitual - pesquisar, comparar, adaptar, até ter a minha versão, que me pareça resultar bem.
Foi uma bela ideia. Fazer pão é algo assustador para muita gente, mas a focaccia é simples de fazer e sai fofa e saborosa, como deve ser. Ideal como entrada ou para acompanhar outros pratos - no nosso caso, servimo-la de início, para comer só assim ou para acompanhar uma caponata siciliana (que há-de cá vir parar ao blog também, um destes dias).
19/07/2019
Escrito por | Written by Bruno
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O blog faz hoje dois anos. Tem sido uma boa forma de organizar as receitas que vou fazendo e, melhor ainda, de partilhá-las com toda a gente. São já 135 receitas diferentes, de vários géneros, que me têm feito cozinhar mais e, espero, melhor. A título de curiosidade, a receita mais popular parece ser a do Pudim Molotof - provavelmente vocês são tão gulosos quanto eu!
A receita de hoje não tem nada a ver com Molotofs, no entanto. São Melanzane Alla Parmigiana, ou beringelas à parmesã, uma receita tipicamente italiana, do sul, e cuja receita me foi passada já há uns anos por uma amiga italiana. Aliás, já a tinha publicado no antepassado deste blog, o Cozinha Com Tomates, e continuo a fazê-la da mesma maneira: fritam-se rodelas de beringela e levam-se ao forno intercaladas com molho de tomate e queijos mozzarella e parmesão (daí o nome). E se dito assim parece simples, é porque é mesmo. No entanto, como em tantos outros bons pratos tradicionais, simples não significa pouco saboroso, antes pelo contrário. As beringelas são fritas em azeite, absorvendo-no e ganhando o seu sabor. O molho de tomate e os queijos complementam-no e fazem com que o resultado final seja uma explosão de sabores tipicamente mediterrâneos e genuinamente italianos. Não é uma receita leve, longe disso, mas é uma maravilha em qualquer mesa.
No fundo, uma escolha ideal para um dia de aniversário. Parabéns ao blog - e muito obrigado a todos vocês por o seguirem!
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16/07/2019
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Polvo. Adoro polvo, seja de que forma for. Infelizmente, não é tão fácil encontrar em Londres polvos bons e grandes como é em Portugal, por isso não os cozinho tanto quanto gostaria.
Desta vez, tínhamos conseguido encontrar um polvo razoável, embora algo pequeno, e tínhamos meio polvo congelado que tinha vindo de Portugal. Resolvi juntar ambos (ficando mais ou menos com o equivalente a um polvo grande inteiro) e tentar fazer polvo assado no forno, acompanhado de arroz do mesmo polvo - já tinha assado polvos várias vezes antes, mas foi a primeira vez que fiz o arroz. Procurei receitas, cruzei tempos e ingredientes e acabei com esta versão, que saiu muito bem. O polvo estava óptimo, o arroz muito saboroso, e a combinação foi perfeita.
O único senão foi não ter arroz carolino à mão, por isso usei agulha. Tirando isso, estava uma maravilha. Já disse que adoro polvo?…
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