Pizza de cogumelos portobello, taleggio, tomate seco e manjericão | Portobello mushrooms, taleggio, sun-dried tomato and basil pizza
26/02/2018
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15/02/2018
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Um destes dias dei por mim a olhar para a fruteira, cheia de maçãs, e a pensar no que poderia fazer com elas.
Pareceu-me bem tentar um gelado, até porque nunca tinha experimentado fazer um de maçã. O tempo por aqui está frio, mas isso não é desculpa para não fazer gelados (caso contrário, pobre da indústria sorveteira britânica!...). Saiu um gelado cremoso, com um aroma inconfundível a canela, e com a surpresa de encontrar pequenos pedaços macios de maçã lá pelo meio. Uma maravilha!
A base que usei foi a mesma do gelado de figo que já aqui publiquei: um gelado de nata simples, mas perfeito. Depois basta juntar o sabor que quisermos dar ao gelado - neste caso, as maçãs cozidas com açúcar, canela e um pouquinho de noz-moscada.
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13/02/2018
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O Pad Thai é um prato típico tailandês de massa de arroz, com inúmeras variações em termos de ingredientes, mas sempre com um sabor intenso dado pela mistura do tamarindo com o molho de peixe e o sumo de lima.
Nesta versão, usei cogumelos em vez dos mais tradicionais camarões, o que o transformou quase num Pad Thai vegetariano, não fora o molho de peixe - este pode ser substituído facilmente por molho de soja se quiserem uma versão ovo-lacto-vegetariana.
É um prato simples, rápido e muito saboroso - óptimo para juntar à lista de pratos a preparar naqueles dias em que apetece qualquer coisa especial, mas sem ter de passar horas na cozinha!
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06/02/2018
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Ainda hoje, quase 30 anos passados, nos referimos em família àquelas férias como “A Viagem”, assim mesmo, em maiúsculas. Foi uma verdadeira aventura - cerca de 40 dias a conduzir pela Europa fora, uma Europa muito maior e mais fechada em 1991 do que é hoje. O ponto mais longe a que chegamos foi Istambul, uma mistura entre Europa e Ásia, entre oriente e ocidente, que nos marcou de diversas formas.
Uma delas, que ainda hoje traz recordações, foi a comida. Quando estamos em família e nos lembramos d’A Viagem, é comum alguém recordar-se de uma refeição que fizemos em que não fazíamos ideia do que estávamos a comer (não é fácil perceber turco e não havia Google Translate para ajudar…) mas sabíamos duas coisas: não havia carne e era delicioso. Lembro-me de beringelas e sei que adorei. Não faço ideia se era este İmam Bayıldı ou outro prato qualquer, mas ficou-me sempre a ideia da cozinha turca ser diferente e muito interessante.
Foi também por isso que me apeteceu experimentar esta receita. Gosto de beringelas, mas não as uso muitas vezes - e um prato cujo nome significa “O Imã Desmaiou” pareceu-me ser uma boa oportunidade de voltar a cozinhá-las. Há duas versões sobre o nome do prato - uma diz que um imã turco gostou tanto deste prato que desmaiou ao prová-lo. A outra diz que o imã desmaiou ao aperceber-se da quantidade - e do custo proibitivo - de azeite que a sua mulher usava para cozinhar este prato todos os dias…
Investiguei várias receitas, mas acabei por seguir esta, do Yotam Ottolenghi que, não sendo turco, conhece a fundo este tipo de cozinha. É uma receita simples, mas só com coisas boas - beringela, tomate, pimentos, algumas especiarias, tudo cozinhado em bastante azeite. Simples, diferente - e capaz de fazer imãs desmaiar!
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02/02/2018
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Eu sei, eu sei, não estamos exactamente na época das favas… Mas o congelador é o melhor amigo dos produtos portugueses para quem está noutro país - tínhamos congelado um saco de favas que a minha sogra nos trouxe durante uma visita no ano passado, e achei que estava na hora de usá-lo. Até porque todas as alturas são boas para um bom prato de favas!
Esta receita é basicamente a mesma que já fazia há quase 11 anos, quando a publiquei no Cozinha com Tomates - afinal de contas, em receita vencedora não vale a pena mexer muito, e esta fica óptima assim. A única grande diferença foi no ramo de cheiros - só arranjei hortelã e coentros, mas idealmente teria também juntado casca das favas e folhas de alho-francês. Se os tiverem à mão, juntem também.
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30/01/2018
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Sweet, o novo livro de Yotam Ottolenghi e Helen Goh, é um daqueles livros que apetece comer. A capa, as fotografias lá dentro, tudo tem um óptimo aspecto - e a variedade de receitas é grande, de biscoitos a bolos, passando por gelados, cheesecakes e outros.
Um destes fins-de-semana “estreei” finalmente o livro. Era um daqueles dias de Inverno londrino, cinzento e chuvoso, em que não apetece ir à rua - a casa está quente, há um filme na televisão, há música na cozinha e o forno já está ligado, à espera. Esta receita foi a escolhida - um bolo sem grandes complicações, com bons ingrediente e ideal para aquecer o espírito.
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26/01/2018
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Tal como escrevi aqui, depois de ter publicado receitas de Bolo de Bolacha e Salame de Chocolate, faltava-me uma para completar a Santíssima Trindade das Sobremesas de Festas de Aniversário dos Anos 80 - o Pudim Molotof, claro está. E, antes que alguém me corrija, eu escrevo assim, Molotof, com 'f' no fim. Há alguma discussão sobre a origem do nome, e eu tomo por boa a que vem no Ciberdúvidas, que diz o seguinte:
O nome original deste doce é «pudim Malakof» e está relacionado com a guerra da Crimeia que decorreu em 1854 e 1855.
Malakof é o nome de uma fortaleza que protegia a cidade de Sebastopol. O general francês Pélissier tomou esta fortaleza e recebeu o título de duque de Malakof. É uma sobremesa de tempos de guerra, visto que é feita com claras de ovo. Por exemplo, em Portugal, é frequente fazermos este pudim para aproveitarmos as claras que sobram da receita do pão-de-ló, que usa apenas as gemas dos ovos.
Durante a guerra de 1939-45, notabilizou-se como ministro dos Negócios Estangeiros da URSS Vyacheslav Mikalovich Skriabine, dito Molotov na clandestinidade. Foi com este nome que passou a ser conhecido internacionalmente. Provavelmente por confusão com este nome, o povo português passou a designar também esta sobremesa por «pudim Molotov».
Seja como for, toda a minha infância este foi o pudim "Molotof", dito e escrito desta forma, e custa-me mudar para um 'v'. É suavizar o doce, como se lhe tirássemos o caramelo e parte do açúcar. Por isso, deixo-o ficar assim.
A receita que usei foi a da Dolce Rita (também ela adepta do 'f' no fim!). É uma receita muito simples, mas que requer algum cuidado na cozedura. O forno tem de estar à temperatura certa, e não pode ser aberto antes do tempo - se tudo for seguido à risca, fica óptimo.
Uma nota sobre as quantidades - a minha forma é relativamente pequena. Se usarem uma forma de Molotof normal, precisarão de cerca de 8 claras. Para ajustar as quantidades, basta usarem 30g de açúcar e 1 minuto de forno por cada clara - portanto, com 8 claras serão 240g de açúcar e 8 minutos de cozedura. Usando estas proporções, não deverão ter grandes dificuldades.
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22/01/2018
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Há três anos, tive a oportunidade de visitar Singapura por duas vezes, em trabalho. Na última noite da primeira visita, segui a recomendação de um amigo e fui experimentar o Satay da zona do Mercado Velho (Lau Pa Sat). É uma experiência única - o mercado fica num edifício histórico, com mais de 100 anos, em pleno centro financeiro da cidade-Estado. Por dentro é uma área de refeições, com várias bancas de tipos diversos de comida - mas é por fora que vale a pena conhecê-lo. À noite, uma das estradas que circunda o mercado é fechada ao trânsito. Montam-se mesas e cadeiras ao longo da estrada e instalam-se as bancas de Satay. São várias bancas, todas elas com grelhadores a carvão, a preparar este prato típico asiático. Basta encontrarmos uma mesa, sentarmo-nos, fazer o pedido, de preferência com uma cerveja fresca a acompanhar, e deliciarmo-nos. Infelizmente, aquela era a minha última noite e não pude repetir - mas quando voltei a viajar pela segunda vez, fiz questão de lá voltar. E não me arrependi.
O Satay é um prato típico do sudeste asiático, provavelmente de origem indonésia, mas com variantes em vários países. Em cada um a receita é diferente, mas consiste geralmente em espetadas (que podem ser de vários tipos de carne, peixe, marisco ou até tofu), acompanhadas por um molho, quase sempre à base de amendoim - aliás, este molho foi ganhando o nome do prato, e é comum chamar-lhe simplesmente molho de Satay. A variante de Singapura é deliciosa, até pela sua aparente simplicidade. São espetadas pequenas, de frango, vaca, borrego ou camarão, acompanhadas do molho de amendoim e de uma salada simples, apenas de cebola-roxa e pepino cortados em pedaços, sem tempero. Só isto - e não é preciso mais nada, a não ser a cerveja, que as noites ali são incrivelmente quentes e húmidas.
No entanto, apesar desta simplicidade, os sabores são intensos e, para os conseguir, é preciso encontrar os ingredientes certos e ter algum tempo para deixar a carne marinar. Idealmente, também dá jeito ter um grelhador a carvão mas, à falta de melhor, uma frigideira grill também serve (foi o que usei). A receita foi adaptada de um livro que trouxe de lá - “The Little Singapore Cookbook”, de Wendy Hutton -, que tem uma óptima colecção de receitas locais. A cozinha de Singapura é uma mistura muito interessante das tradições malaias, chinesas e indianas, dando origem a variações e misturas de técnicas e sabores que só a enriquecem - e este Satay é uma perfeita porta de entrada.
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19/01/2018
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Fazer pastéis de nata em casa é muitas vezes um desafio inglório. É difícil ter um resultado como os das melhores pastelarias, porque a temperatura conta muito. A menos que se tenha um forno de pasteleiro em casa, será impossível atingir as temperaturas de 350° ou mais que garantem os resultados perfeitos que estamos habituados a comer. Mas, apesar de tudo, podemos aproximarmo-nos. E poder ter um pastel de nata quentinho e com o creme no ponto é algo que vai mesmo valer a pena.
A receita que usei vem no Lisboeta, o muito recomendado livro do chef Nuno Mendes, do qual já aqui falei na receita de pão com chouriço e nozes. O livro é mais do que um livro de receitas lisboetas - ou inspiradadas por Lisboa. É também um tratado sobre o dia-a-dia, a cultura e os hábitos da cidade e dos seus habitantes, cheio de textos do próprio Nuno Mendes e fotografias de Andrew Montgomery. Vale bem a pena folheá-lo - e apetece experimentar todas as receitas.
Voltando aos pastéis, o creme é óptimo e isso é logo meio caminho andado. Não fiz a minha própria massa folhada, comprei já feita - mas se quiserem aventurar-se na vossa própria, então avancem e provavelmente o resultado será ainda melhor!
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16/01/2018
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Tal como já aqui escrevi, o salmão é um dos (poucos) peixes que por cá se consegue encontrar facilmente e de boa qualidade. Por isso mesmo, acabo por voltar a ele mais vezes do que provavelmente voltaria se tivesse a diversidade - e frescura - que temos em qualquer mercado de Portugal.
Esta receita foi adaptada de uma que encontrei aqui. É simples e saborosa - o molho de alho, limão e manteiga liga muito bem com o salmão - e usar cebolinha como toque final nunca é uma má escolha. Para acompanhar, não compliquei - juntei uns espargos cozidos em água com um pouco de sal, e ficou um prato que apetece repetir.
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12/01/2018
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Encontrei esta receita no site da BBCGoodFood, no qual é comum encontrar boas ideias. Andava à procura de algo diferente, mas simples, e esta receita pareceu-me uma boa escolha. Gosto muito do sabor da manteiga de amendoim neste molho. Não é exactamente um satay (que passará por aqui em breve, na versão que tradicionalmente se come em Singapura), mas é um prato fácil de fazer e cheio de sabor.
Acompanhei com arroz basmati, que é uma óptima combinação.
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