Camarão com orzo, tomate e feta | Prawns with orzo, tomato and feta
10/07/2019
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04/07/2019
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Há uns meses, a revista BBC Good Food publicou um suplemento com 150 receitas de frango - sim, 150! A lista é enorme e variada e inclui quase todos os tipos de receitas que possam imaginar (com excepção de sobremesas - suponho que a BBC ainda não conheça o manjar branco de Coimbra). Hoje trago-vos uma dessas receitas, que já fizemos várias vezes e corre sempre bem.
É um daqueles assados de forno práticos e simples de fazer - simplificando um pouco, a ideia é juntar os ingredientes numa assadeira, levar ao forno e comer. Enfim, não é assim tão simples, mas vocês percebem a ideia.
Os sabores são muito interessantes - o frango é inicialmente marinado em cebolinha, gengibre, alho, coentro, tomilho, lima e pimenta-da-Jamaica, que lhe dá um sabor complexo. Vai depois ao forno com o arroz (que coze no forno, junto com o resto), os feijões e a manga. Termina-se com um pouco de chutney de manga, para dar o toque final. Escolham o chutney que preferirem, mais ou menos doce, mais ou menos picante, conforme o vosso gosto. Se não arranjarem chutney, não se preocupem - a receita funciona bem sem ele. Ou, em alternativa, usem um doce de manga que não seja demasiado doce.
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19/06/2019
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Viver num país diferente, numa cidade com acesso fácil a ingredientes a que não estava habituado (não só de produção local, mas também de muitas outras partes do mundo), torna fácil descobrir receitas novas, outras formas de cozinhar e sabores desconhecidos. Mas, às vezes, o que apetece é algo assim - comida familiar, reconfortante, com sabores "nossos" e sem grandes acrescentos.
Encontrei esta receita em tempos, no Hoje Para Jantar, o blog da Vera Ferraz. Fiquei interessado e guardei o link para experimentar mais tarde. Acabou por demorar mais do que estava à espera (descobri a receita há mais de um ano, em Janeiro de 2018), mas ainda bem que a guardei, porque a receita saiu muito bem, apesar de uma diferença considerável: é difícil encontrar arroz carolino em Londres (não é impossível, mas não tenho nenhuma loja de produtos portugueses nas redondezas, e não planeei a receita com suficiente antecedência), por isso usei arroz agulha. Ainda assim, ficou um prato muito saboroso e que cumpriu exactamente o que prometia - comida boa, simples, de conforto. Lá está - comida "nossa".
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12/06/2019
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Em 2014 trabalhei durante uns meses num projecto em Paris, com alguns colegas. O escritório onde estávamos não tinha refeitório e não havia muitos sítios à volta onde pudéssemos almoçar. No entanto, se subíssemos a rua íamos ter a uma pequena praça que tinha, numa das esquinas, uma pequena padaria/pastelaria que fazia umas sandes óptimas. Era a nossa opção na maior parte das vezes - o serviço era rápido, o pão era bom e, quando fazia bom tempo, sabia bem levarmos as sandes para o parque que ficava do outro lado da praça. Almoçar sentados num banco de jardim a apanhar sol era o melhor dos contrastes para estarmos o resto do dia fechados no escritório.
Um dia, uma colega minha, francesa, comprou nessa padaria um saco de chouquettes - umas bolinhas de massa, parecidas com profiteroles, cobertas com umas pedras de açúcar grosso. Levou para o escritório, para irmos comendo ao longo da tarde - e desapareceram num instante. Toda a gente adorou e passou a ser um vício ocasional. Lembro-me de pensar na altura que gostava de aprender a fazê-los, porque parecia ser simples. Mas entretanto deixei o projecto e os chouquettes acabaram por ficar meio esquecidos.
Foi só agora, passados cinco anos, que finalmente voltei a lembrar-me deles e experimentei a receita. E ainda bem que o fiz - cada vez que faço uma fornada, ela desaparece em três tempos. Os chouquettes são pequenos, leves (literalmente - são completamente ocos por dentro) e viciantes. São ideais para acompanhar um chá ou um café ao lanche. E a receita é muito simples - basta preparar uma massa choux (a mesma dos profiteroles e dos éclairs), fazer bolinhas com ela, decorar com o açúcar e levar ao forno. E mesmo que nunca tenham feito massa choux antes, não se preocupem: não custa nada!
A receita que sigo é a do David Lebovitz e fica perfeita - mesmo como me lembro daquela pequena pastelaria em Paris!
Só uma pequena nota em relação ao açúcar pérola (não confundir com as pérolas de açúcar, aquelas bolinhas prateadas duras que se usam para decorar bolos!) - este é um açúcar que se apresenta em cristais bastante grossos, o que faz com que não derreta facilmente. É este açúcar que dá a doçura aos chouquettes - a massa em si tem apenas 2 colheres de chá de açúcar, que mal se notam. Também se vende como 'açúcar casson', 'açúcar perlé', 'açúcar em grão' ou 'açúcar em pepitas'.
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04/06/2019
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Tal como tantas outras receitas de Yotam Ottolenghi, esta, retirada do livro "Simple", é uma maravilha de sabores. Se há coisa que Ottolenghi sabe fazer é combinar ingredientes e especiarias para obter sabores fora do comum que resultam muito bem. Neste caso há a mistura de cominhos, tomilho, anchovas e limão que, misturados com o grão ligeiramente frito e as folhas de espinafre e salsa, dão a esta massa um sabor óptimo - e fácil de preparar.
É um prato que não demora muito a fazer e que é uma óptima alternativa quando queremos algo diferente, simples, mas sem compromissos de sabor.
Nota rápida em relação à massa - usem uma massa que seja boa para absorver o molho. No meu caso, usei orecchiette, que é uma óptima escolha. Ottolenghi usa gigli, que é mais difícil de encontrar. Evitem massas longas tipo esparguete, que aqui não resultarão tão bem.
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30/05/2019
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Quando vim para Londres e comecei a explorar alguns dos doces e sobremesas tradicionais, rapidamente a Bakewell Tart me chamou a atenção. É uma tarte relativamente simples, com todo o sabor a vir de apenas dois ingredientes - a amêndoa e o doce de framboesas. Neste caso, como em tantos outros, a simplicidade é bem-vinda, pelo menos para mim - adoro o sabor da Bakewell Tart! Embora haja variantes cobertas com um glacé e enfeitadas com uma cereja, prefiro-a mesmo assim - só com amêndoa laminada por cima, sem mais nada.
Depois de algumas pesquisas de receitas, acabei por seguir a receita da Felicity Cloake, ela própria tendo feito uma análise de várias receitas até chegar a esta versão. Vale a pena ler as notas dela sobre a história da Bakewell Tart e sobre os diversos ingredientes - bem como todas as outras que publica semanalmente no Guardian!
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21/03/2019
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Descobri as fogaças de Alcochete há alguns anos, quando uns amigos me ofereceram um saco delas de presente. Para quem não as conhece, são uns bolos típicos da vila de Alcochete, simples nos ingredientes, a saber a limão e canela, e com a particularidade de serem encruadas por dentro, o que faz contraste com a parte de fora, dura e estaladiça.
Na altura, gostei tanto delas que não descansei enquanto não aprendi a fazê-las. Pesquisei receitas, cruzei tempos e proporções, e descobri que não era difícil - a proporção base é de 1 parte de farinha para 0,7 de açúcar e 0,25 de manteiga. Mais a canela e o limão, uma gema de ovo para pincelar, e está praticamente feito.
Em 2011 publiquei a minha receita no Cozinha com Tomates, desta vez foi só revê-la e afiná-la, experimentando um pouco com o tempo e a temperatura de forno, que estavam misteriosamente ausentes na versão de 2011… O resultado final foi perfeito - a canela e o limão no ponto, a cozedura perfeita.
Alcochete pode estar a mais de 2000 km de distância de Londres, mas assim sempre ficou um pouco mais perto!
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19/03/2019
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Encontrei esta receita num dia em que andava à procura de pratos vegetarianos de massa. É uma receita do Jamie Oliver, uma massa com um molho de consistência semelhante a uma bolonhesa, mas com as lentilhas e os cogumelos a substituirem a carne picada.
Como habitualmente nas receitas de Oliver, a preparação é simples, sem comprometer o sabor. É uma receita ideal para uma refeição de família, vegetariana e saudável.
15/03/2019
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Cruzei-me com esta receita no Instagram, num post da Natasha do Salt & Lavender. Guardei a receita para fazer mais tarde - parecia simples e apetitosa, com os camarões cobertos de um molho de óptimo aspecto, salpicados de sementes de sésamo. Não demorei muito a experimentar.
Valeu a pena - a receita é de facto bastante simples, sem deixar de ser saborosa. Se tiverem uns camarões à mão, é uma opção ideal - em poucos minutos podem estar a deliciar-se!
A receita original está aqui, a minha foi ligeiramente adaptada. Servi com arroz basmati.
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08/03/2019
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Pelo menos desde 2007 que faço esta massa. A receita original é do livro "Cook With Jamie", do qual gosto muito. No entanto, fiz-lhe algumas alterações - desde logo na erva aromática: enquanto Oliver usa manjericão, eu uso salva. Mudei porque não tinha manjericão na primeira vez que fiz, mas acabei por gostar tanto da salva frita que nunca mais voltei atrás.
É uma massa que faz sempre sucesso cá em casa. É simples de preparar e tem um sabor muito interessante, com cada garfada a trazer o sabor do molho de tomate, mas também do atum, um toque de canela, mais o ácido do limão, todos eles salpicados com o sabor forte da salva.
Já faz parte das receitas "cá de casa" - e quando uma receita chega a esse ponto, é sempre bom sinal.
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05/03/2019
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Uma das desvantagens de Londres é a falta da pastelaria portuguesa. Não é que não haja algumas por cá - e algumas não deixam nada a dever a uma boa pastelaria em Portugal -, mas são difíceis de encontrar. Na nossa zona, por exemplo, não é fácil encontrar boa pastelaria nacional - mais para o final do ano há bolos-rei óptimos numa banca de rua local, mas o resto da variedade não é muito grande.
Que fazer então? Bom, uma alternativa é encontrar receitas e fazer em casa. Foi o caso destes jesuítas. A receita vem no "Lisboeta", do chef Nuno Mendes (o mesmo livro de onde tirei a receita de pastéis de nata) e não é complicada - basta fazer uma calda de açúcar, um creme de ovo, montar os jesuítas e levar ao forno. E ficam óptimos.
Ah, e antes que alguém refile - para mim os jesuítas são assim, sem o creme de açúcar por cima, e com amêndoa palitada. Que me perdoem as boas gentes de Santo Tirso, mas na minha zona são servidos assim - e os sabores de infância são os que nos ficam para sempre!
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