Fogaças de Alcochete | Alcochete fogaças (cinnamon and lemon cakes)

21/03/2019

Escrito por | Written by Bruno



(switch to English)

Descobri as fogaças de Alcochete há alguns anos, quando uns amigos me ofereceram um saco delas de presente. Para quem não as conhece, são uns bolos típicos da vila de Alcochete, simples nos ingredientes, a saber a limão e canela, e com a particularidade de serem encruadas por dentro, o que faz contraste com a parte de fora, dura e estaladiça.

Na altura, gostei tanto delas que não descansei enquanto não aprendi a fazê-las. Pesquisei receitas, cruzei tempos e proporções, e descobri que não era difícil - a proporção base é de 1 parte de farinha para 0,7 de açúcar e 0,25 de manteiga. Mais a canela e o limão, uma gema de ovo para pincelar, e está praticamente feito.

Em 2011 publiquei a minha receita no Cozinha com Tomates, desta vez foi só revê-la e afiná-la, experimentando um pouco com o tempo e a temperatura de forno, que estavam misteriosamente ausentes na versão de 2011… O resultado final foi perfeito - a canela e o limão no ponto, a cozedura perfeita.

Alcochete pode estar a mais de 2000 km de distância de Londres, mas assim sempre ficou um pouco mais perto!

Tagliatelle com bolonhesa de cogumelos e lentilhas | Tagliatelle with mushroom and lentil bolognese

19/03/2019

Escrito por | Written by Bruno



(switch to English)

Encontrei esta receita num dia em que andava à procura de pratos vegetarianos de massa. É uma receita do Jamie Oliver, uma massa com um molho de consistência semelhante a uma bolonhesa, mas com as lentilhas e os cogumelos a substituirem a carne picada.

Como habitualmente nas receitas de Oliver, a preparação é simples, sem comprometer o sabor. É uma receita ideal para uma refeição de família, vegetariana e saudável.

Camarão com sésamo e gengibre | Sesame ginger shrimp

15/03/2019

Escrito por | Written by Bruno



(switch to English)

Cruzei-me com esta receita no Instagram, num post da Natasha do Salt & Lavender. Guardei a receita para fazer mais tarde - parecia simples e apetitosa, com os camarões cobertos de um molho de óptimo aspecto, salpicados de sementes de sésamo. Não demorei muito a experimentar.

Valeu a pena - a receita é de facto bastante simples, sem deixar de ser saborosa. Se tiverem uns camarões à mão, é uma opção ideal - em poucos minutos podem estar a deliciar-se!

A receita original está aqui, a minha foi ligeiramente adaptada. Servi com arroz basmati.

Penne com atum e salva | Penne with tuna and sage

08/03/2019

Escrito por | Written by Bruno



(switch to English)

Pelo menos desde 2007 que faço esta massa. A receita original é do livro "Cook With Jamie", do qual gosto muito. No entanto, fiz-lhe algumas alterações - desde logo na erva aromática: enquanto Oliver usa manjericão, eu uso salva. Mudei porque não tinha manjericão na primeira vez que fiz, mas acabei por gostar tanto da salva frita que nunca mais voltei atrás.

É uma massa que faz sempre sucesso cá em casa. É simples de preparar e tem um sabor muito interessante, com cada garfada a trazer o sabor do molho de tomate, mas também do atum, um toque de canela, mais o ácido do limão, todos eles salpicados com o sabor forte da salva.

Já faz parte das receitas "cá de casa" - e quando uma receita chega a esse ponto, é sempre bom sinal.

Jesuítas | Jesuits

05/03/2019

Escrito por | Written by Bruno



(switch to English)

Uma das desvantagens de Londres é a falta da pastelaria portuguesa. Não é que não haja algumas por cá - e algumas não deixam nada a dever a uma boa pastelaria em Portugal -, mas são difíceis de encontrar. Na nossa zona, por exemplo, não é fácil encontrar boa pastelaria nacional - mais para o final do ano há bolos-rei óptimos numa banca de rua local, mas o resto da variedade não é muito grande.

Que fazer então? Bom, uma alternativa é encontrar receitas e fazer em casa. Foi o caso destes jesuítas. A receita vem no "Lisboeta", do chef Nuno Mendes (o mesmo livro de onde tirei a receita de pastéis de nata) e não é complicada - basta fazer uma calda de açúcar, um creme de ovo, montar os jesuítas e levar ao forno. E ficam óptimos.

Ah, e antes que alguém refile - para mim os jesuítas são assim, sem o creme de açúcar por cima, e com amêndoa palitada. Que me perdoem as boas gentes de Santo Tirso, mas na minha zona são servidos assim - e os sabores de infância são os que nos ficam para sempre!

Alho-francês com ovos e limão em conserva | Leeks with eggs and preserved lemon

01/03/2019

Escrito por | Written by Bruno



(switch to English)

Fiz esta receita como prato principal, num dia em que queríamos algo simples e vegetariano. No entanto, é algo que fica igualmente bem para um brunch ou um lanche mais substancial - e faz-se num instante! Basta terem os ingredientes a postos e, rapidamente, terão uma refeição óptima pronta a saborear.

No nosso caso, torrámos também umas boas fatias de pão e servimos a mistura de alho-francês, espinafres, ovo e feta directamente sobre o pão - ficou óptimo!

Quanto aos ingredientes, nada de muito complicado, tirando talvez os limões em conserva (de que falei aqui) e o za’atar (explicado aqui) - vale bem a pena tentarem encontrá-los, são ambos ingredientes muito interessantes.

A receita foi retirada do livro "Simple", de Yotam Ottolenghi.

Macarons de lima e manjericão | Lime and basil macarons

12/02/2019

Escrito por | Written by Bruno



(switch to English)

Esta receita não é muito diferente da outra de macarons que já publiquei - a diferença está fundamentalmente no recheio. Mas é assim com todos os macarons - as "bolachas" em si fazem-se sempre da mesma maneira, o que muda é o que está no meio.

Este creme funciona muito bem. É fresco e saboroso, com a lima e o manjericão a combinar muito bem. Para além disso, são bonitos, com o verde vivo a saltar à vista e a fazer apetecer pegar num - ou em vários.

Esta receita dá para cerca de 70 macarons completos (ou seja, perto de 140 "bolachas"). Se não se quiserem aventurar numa quantidade tão grande, reduzam as quantidades proporcionalmente - se bem que, por experiência própria, não se deviam preocupar: 70 macarons desaparecem num instante, entre "consumo próprio" e ofertas a família e amigos…

Tal como na outra receita que publiquei, esta é adaptada da receita do livro "Macarons", de Pierre Hermé, mas com o método do livro "How Baking Works", de James Morton.

...and now also in English! :)

11/02/2019

Escrito por | Written by Bruno


(switch to English)

Olá a todos! :)

Hoje não tenho propriamente uma receita, mas queria anunciar algo em que já estou a trabalhar há algum tempo - o blog está a tornar-se bilingue e, a partir de agora, as novas receitas serão sempre publicadas em português e inglês.

Entretanto, ando a actualizar todas as receitas já publicadas, adicionando versões inglesas, mas é um trabalho que demora - e ainda nem sequer vou a meio… mas lá chegarei, por isso sejam pacientes, por favor! :)






(mudar para português)

Hey everyone! :)

I don't really have a recipe today, but I wanted to share some exciting news on which I have been working for some time now - the blog is becoming bilingual and, from now onwards, all new posts will always be published in both Portuguese and English.

In the meantime, I have been updating all published recipes, adding English versions, but this takes time - and I am not even half way through yet… But I’ll get there, so please be patient! :)

Orzo com cogumelos

31/01/2019

Escrito por | Written by Bruno



Um dos presentes que recebi no Natal foi o livro "River Cottage Vegetariano Gourmet" ("River Cottage Veg Every Day!", no original) de Hugh Fearnley-Whittingstall. É uma boa colecção de receitas vegetarianas e veganas do autor inglês, desde saladas e sopas a pratos completos e acompanhamentos. Foi a altura ideal para o receber - depois dos abusos do Natal e Ano Novo, é bom ter umas quantas novas receitas mais saudáveis para recuperar...

Este prato é quase um risotto de cogumelos, mas feito com orzo em vez de arroz. O orzo é aquela massa em forma de bagos de arroz (ou "pevides"), e fica aqui muito bem, misturado com o sabor dos cogumelos, do tomilho, do balsâmico e do crème fraîche.

Faz-se num instante e sabe muito bem - decididamente o meu tipo de receita!

Frango assado com ervilhas secas, laranja e alho

25/01/2019

Escrito por | Written by Bruno



Esta receita saiu a semana passada na coluna semanal de Yotam Ottolenghi no suplemento de fim-de-semana do Guardian. Assim que vi a fotografia fiquei com vontade de experimentar - de tal maneira que nem sequer esperei e fiz este mesmo prato para o almoço de domingo.

Nem sei bem como vos descrever este prato. É uma maravilha - é uma daquelas receitas em que basta misturar tudo e levar ao forno. Nada mais simples - mas depois prova-se e o sabor rebenta-nos na boca, com o alho a esconder-se por entre as ervilhas, a laranja a salpicar o frango, e a malagueta a aparecer de repente por entre tudo o resto, para nos apanhar de surpresa entre garfadas.

Vou decididamente fazer isto várias vezes porque é um daqueles pratos cujo sabor fica marcado cá dentro e deixa-nos imediatamente a salivar quando pensamos nele.

A sério, experimentem!

Devilled eggs

23/01/2019

Escrito por | Written by Bruno



Na passagem de ano juntámo-nos em casa de amigos para uma noite inspirada pela América dos anos 20, tendo cada casal ficado encarregue de levar algumas coisas, entre comidas e bebidas. No nosso caso, uma das coisas que levámos foram estes devilled eggs, que eu nunca tinha feito, mas que fizeram sucesso. São um finger food ideal, bonitos e fáceis de agarrar e comer - e desapareceram num instante.

Os devilled eggs são basicamente ovos cozidos, nos quais a gema é misturada com mostarda, maionese e especiarias (daí o “devilled”, é suposto serem picantes) e colocada de novo sobre as claras com a ajuda de um saco de pasteleiro. São mais populares nos Estados Unidos do que aqui no Reino Unido (daí serem adequados à nossa festa de passagem de ano), embora a receita que segui tenha sido adaptada de uma da Nigella Lawson, publicada no site da BBC.

Embora seja suposto os ovos serem picantes, pode haver quem os prefira simples - no nosso caso, como ia haver crianças, acabei por preparar duas versões, uma com pimenta caiena e outra sem. Usei a decoração para os distinguir - só coloquei o sumac sobre os ovos picantes. Ah, a propósito do sumac - usei-o porque gosto muito do tom cítrico que esta baga dá à comida, mas podem facilmente substituí-lo por pimentão doce.